A Alquinatura tem como base, entre outras, a Medicina Tradicional
Chinesa, aliada a uma técnica evoluída a partir da Kinesiologia, criando assim
uma conceção dinâmica assente no holístico, unindo a ciência, a religião, a filosofia,
a música, o vegetarianismo, o desporto e as relações sociais.
Assim, abre a
porta à saúde plena, à glória e à felicidade que só podem vir de Deus, pois
este é o único que conhece as sinuosidades que movem o mundo e a própria
natureza. Seria então um contrassenso querer eliminá-lo do contexto da Medicina
Alquinaturista pois esta só é possível, graças e ele.
A Alquinatura empenha-se em reordenar toda a informação do conhecimento
de práticas médicas assentes numa fisiologia unitária, pois tal como diziam os
antigos mestres naturistas, “o organismo é uma unidade funcional”, levando-nos
ao elixir da vida e à alquimia orgânica.
Quanta ignorância encontrei pelo caminho!
Na verdade, se observarmos, a grande diferença entre a Religião e Deus é
a FÉ. Esta é certamente incompatível com a ignorância e está associada ao
conhecimento das coisas. A FÉ é o conhecimento, e implica vislumbrar o
misterioso. Assim, uma vez que as coisas têm a sua base existencial na luz do
conhecimento, leva-nos ao caminho da Sabedoria Suprema.
A Fé, tal como nos é
apresentada pelas religiões, com o tempo, acaba por converter a razão em obsessão
e a claridade em cegueira, interpretando as Sagradas Escrituras como um tratado
de visão estreita, pois para as compreender e interpretar é necessário conhecer
a magia dos números e saber as formulas contidas nas suas misteriosas leis que
estão para além dos pensamentos deste mundo.
Na antiga China, o símbolo absorve a realidade e a força que o objeto
representa. Acredita-se que foi através destes que se decifrou o esquema do Cosmos.
Toda a Natureza tem em si mesma uma simbologia com a qual tem regido a vida dos
povos através dos tempos.
Pensava-se que quem a soubesse interpretar e ordenar, possuía o
verdadeiro poder com o qual poderia guiar os povos.
Mas aos adivinhos
ter-lhes-á sido dada a missão de os manipular, retirando-lhes os valores morais
e a “razão” relegando-os à magia.
Assim o homem acaba por perder a capacidade
de se poder conectar à própria natureza, caindo no esquecimento a sua utilidade
para intervir na economia, que numa época mais antiga, ainda era essencialmente
ligada a esta, respeitando o seu ritmo e obviamente a sua simbologia, pois,
caso contrário, traria consequências nefastas à própria dinâmica social.
Entre o Homem e a Natureza sempre houve interação, utilizando-se
sabedoria ancestral para poder interpretar a sua simbologia em relação a
fenómenos e à alteração da própria Natureza, pois o Universo é uno e nada pode
ser visto em separado sendo que o objetivo só pode ser a própria Harmonia do
Todo.
Mas o Homem cortou relações com Deus e com a Própria Natureza e esta
ignorância, obsessão e cegueira leva indubitavelmente à criação de seres
estereotipados e à mais profunda alteração Ética, criando uma sociedade
moribunda da qual todos nós somos testemunhas.
Este é um caminho longo, mais longo do que poderia pensar à partida, mas
é nele que poderei resgatar o meu elo de ligação a Deus e à própria Natureza,
ou seja, resgatar-me a mim mesma, ativando pouco a pouco todas a minhas
funcionalidades talâmicas que foram brutalmente bloqueadas por todas estas
energias antagónicas às leis universais da Natureza.
E assim… Continuo o meu intento, do regresso ao Paraíso.
Judit (continua...)