sexta-feira, 10 de abril de 2015

E SE EU COMESSE O SEU CÃO






Vem à mãe/ pai!

Tornou-se tão normal os exageros em relação aos animais de estimação que já nem nos damos conta do ridículo da situação quando ouvimos frases deste género.

A relação entre Homens e animais é extremamente positiva mas tratar os animais como seres humanos, segundo alguns estudos, pode trazer prejuízos psicológicos quer para os donos, quer para o animal.

Eu sou uma defensora dos animais. Como tal defendo a não humanização dos animais. Animal é animal, gente é gente! Nem melhor nem pior, simplesmente diferente; tal como o macho é fisiologicamente diferente da fêmea. Mas para o que quero aprofundar tudo isto é irrelevante.

De facto ainda hoje observei como uma destas pessoas, que estava com o seu cão na esplanada de um restaurante, “meu querido não saia de perto da mamã”, até ai tudo bem… esta frase soa corrente.


Ok!!! 



Por ali ficamos eu na minha mesa, os donos do cachorro na outra e entre nós, o cachorrinho que por sinal era lindíssimo. Eu como já referi, gosto muito de animais. Entretanto acabamos por trocar algumas opiniões sobre animais, onde a senhora acabou por fazer questão de referir ser grande defensora dos animais. 

Depois de algum tempo de espera, chega finalmente a refeição, que na mesa do lado, a dos donos do pequeno cão, consistia numa gordurenta travessa de leitão.

De leitão imaginem. Eu nunca consegui perceber qual a diferença social entre o leitão e o cachorro. Ainda não percebi o que é que faz do cachorro um filho e do leitão refeição, ou vice-versa claro, dependendo da zona do planeta em que nos focamos.

Não consegui resistir e dirigi-me delicadamente à senhora:

Desculpe! E se eu comesse o seu cão? 




A parti daqui não vale nem a pena vos relatar o desenrolar da situação.

Quero com isto chamar-vos a atenção para a incongruência de toda esta situação.

Quais são os parâmetros que definem “animais para abate e animais de estimação”?

E como pode alguém afirmar ser defensor de animais quando se alimenta do cadáver dos mesmos?

O facto de não comer, nem cão nem gato, não faz de alguém “defensor dos animais”!

 Ou faz?

Que azar o do leitão, não ter nascido cão! E que sorte a do cão, não ter nascido na China!





E se todas as pessoas que comem carne tivessem que matar para comer? Matariam?

A esta pergunta 99% das pessoas dizem logo:

” Que horror! Nem pensar!”

Então porquê tanta hipocrisia?

Porquê deixar o trabalho sujo para os outros e fazer como Pilates:

 “Lavo dai as minhas mãos!”

Se não são capazes de matar, então, não deveriam ser capazes de comer.


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                                                                                                      Autor: Luísa Coelho