quarta-feira, 18 de novembro de 2015

V REGRESSO AO PARAÍSO - QUANTA IGNORÂNCIA ENCONTREI PELO CAMINHO

... continuação de IV Regresso ao Paraíso

A Alquinatura tem como base, entre outras, a Medicina Tradicional Chinesa, aliada a uma técnica evoluída a partir da Kinesiologia, criando assim uma conceção dinâmica assente no holístico, unindo a ciência, a religião, a filosofia, a música, o vegetarianismo, o desporto e as relações sociais. 

Assim, abre a porta à saúde plena, à glória e à felicidade que só podem vir de Deus, pois este é o único que conhece as sinuosidades que movem o mundo e a própria natureza. Seria então um contrassenso querer eliminá-lo do contexto da Medicina Alquinaturista pois esta só é possível, graças e ele.

A Alquinatura empenha-se em reordenar toda a informação do conhecimento de práticas médicas assentes numa fisiologia unitária, pois tal como diziam os antigos mestres naturistas, “o organismo é uma unidade funcional”, levando-nos ao elixir da vida e à alquimia orgânica.

Quanta ignorância encontrei pelo caminho!


Na verdade, se observarmos, a grande diferença entre a Religião e Deus é a FÉ. Esta é certamente incompatível com a ignorância e está associada ao conhecimento das coisas. A FÉ é o conhecimento, e implica vislumbrar o misterioso. Assim, uma vez que as coisas têm a sua base existencial na luz do conhecimento, leva-nos ao caminho da Sabedoria Suprema.

A Fé, tal como nos é apresentada pelas religiões, com o tempo, acaba por converter a razão em obsessão e a claridade em cegueira, interpretando as Sagradas Escrituras como um tratado de visão estreita, pois para as compreender e interpretar é necessário conhecer a magia dos números e saber as formulas contidas nas suas misteriosas leis que estão para além dos pensamentos deste mundo.



Na antiga China, o símbolo absorve a realidade e a força que o objeto representa. Acredita-se que foi através destes que se decifrou o esquema do Cosmos. Toda a Natureza tem em si mesma uma simbologia com a qual tem regido a vida dos povos através dos tempos.

Pensava-se que quem a soubesse interpretar e ordenar, possuía o verdadeiro poder com o qual poderia guiar os povos. 

Mas aos adivinhos ter-lhes-á sido dada a missão de os manipular, retirando-lhes os valores morais e a “razão” relegando-os à magia. 

Assim o homem acaba por perder a capacidade de se poder conectar à própria natureza, caindo no esquecimento a sua utilidade para intervir na economia, que numa época mais antiga, ainda era essencialmente ligada a esta, respeitando o seu ritmo e obviamente a sua simbologia, pois, caso contrário, traria consequências nefastas à própria dinâmica social.

Entre o Homem e a Natureza sempre houve interação, utilizando-se sabedoria ancestral para poder interpretar a sua simbologia em relação a fenómenos e à alteração da própria Natureza, pois o Universo é uno e nada pode ser visto em separado sendo que o objetivo só pode ser a própria Harmonia do Todo.



Mas o Homem cortou relações com Deus e com a Própria Natureza e esta ignorância, obsessão e cegueira leva indubitavelmente à criação de seres estereotipados e à mais profunda alteração Ética, criando uma sociedade moribunda da qual todos nós somos testemunhas.

Este é um caminho longo, mais longo do que poderia pensar à partida, mas é nele que poderei resgatar o meu elo de ligação a Deus e à própria Natureza, ou seja, resgatar-me a mim mesma, ativando pouco a pouco todas a minhas funcionalidades talâmicas que foram brutalmente bloqueadas por todas estas energias antagónicas às leis universais da Natureza.


E assim… Continuo o meu intento, do regresso ao Paraíso.


                                                                                                   Judit (continua...)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

E SE EU COMESSE O SEU CÃO






Vem à mãe/ pai!

Tornou-se tão normal os exageros em relação aos animais de estimação que já nem nos damos conta do ridículo da situação quando ouvimos frases deste género.

A relação entre Homens e animais é extremamente positiva mas tratar os animais como seres humanos, segundo alguns estudos, pode trazer prejuízos psicológicos quer para os donos, quer para o animal.

Eu sou uma defensora dos animais. Como tal defendo a não humanização dos animais. Animal é animal, gente é gente! Nem melhor nem pior, simplesmente diferente; tal como o macho é fisiologicamente diferente da fêmea. Mas para o que quero aprofundar tudo isto é irrelevante.

De facto ainda hoje observei como uma destas pessoas, que estava com o seu cão na esplanada de um restaurante, “meu querido não saia de perto da mamã”, até ai tudo bem… esta frase soa corrente.


Ok!!! 



Por ali ficamos eu na minha mesa, os donos do cachorro na outra e entre nós, o cachorrinho que por sinal era lindíssimo. Eu como já referi, gosto muito de animais. Entretanto acabamos por trocar algumas opiniões sobre animais, onde a senhora acabou por fazer questão de referir ser grande defensora dos animais. 

Depois de algum tempo de espera, chega finalmente a refeição, que na mesa do lado, a dos donos do pequeno cão, consistia numa gordurenta travessa de leitão.

De leitão imaginem. Eu nunca consegui perceber qual a diferença social entre o leitão e o cachorro. Ainda não percebi o que é que faz do cachorro um filho e do leitão refeição, ou vice-versa claro, dependendo da zona do planeta em que nos focamos.

Não consegui resistir e dirigi-me delicadamente à senhora:

Desculpe! E se eu comesse o seu cão? 




A parti daqui não vale nem a pena vos relatar o desenrolar da situação.

Quero com isto chamar-vos a atenção para a incongruência de toda esta situação.

Quais são os parâmetros que definem “animais para abate e animais de estimação”?

E como pode alguém afirmar ser defensor de animais quando se alimenta do cadáver dos mesmos?

O facto de não comer, nem cão nem gato, não faz de alguém “defensor dos animais”!

 Ou faz?

Que azar o do leitão, não ter nascido cão! E que sorte a do cão, não ter nascido na China!





E se todas as pessoas que comem carne tivessem que matar para comer? Matariam?

A esta pergunta 99% das pessoas dizem logo:

” Que horror! Nem pensar!”

Então porquê tanta hipocrisia?

Porquê deixar o trabalho sujo para os outros e fazer como Pilates:

 “Lavo dai as minhas mãos!”

Se não são capazes de matar, então, não deveriam ser capazes de comer.


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                                                                                                      Autor: Luísa Coelho