Cont. de III
Regresso ao Paraíso
Tu sabias?
Afinal só há
um caminho!
Quando
comecei esta jornada infinita de encontrar algo que sossegasse a minha
inquietude, e me embrenhei no propósito de encontrar o “Regresso ao Paraíso” ,
nem nos meus sonhos mais excêntricos
poderia imaginar a realidade que hoje se
me depara .
Durante anos
andei por caminhos, que, como referi em escritos anteriores me levaram por
ruelas mais ou menos fantásticas. Aprendi que, sossegar o espirito e acalmar a
alma estava na nossa mente, mas, como algo exterior a nós mesmos. Um chazito,
meditar… eram remédio sagrado, porque, felizmente me tinha livrado das poções
mágicas da medicina oficial, havia já muito tempo. Pensava que o comportamento emocional,
em si, era a consequência de um determinado comportamento psíquico, sem
entender que, acima de tudo, era a consequência de uma determinada função
fisiológica, mas intuía que a explicação da ciência sobre este e outros aspetos
do comportamento humano estava muito longe daquilo que a minha inquietude
necessitava; era notório, que os métodos terapêuticos existentes para tratar a
mente infelizmente não serviam de muito.
Perceber que
tudo isto era consequência de uma determinada função fisiológica que poderia
ter sido desencadeada por comportamentos Éticos do Homem foi uma revelação.
Também me apercebi
da verdadeira realidade que impera na mente dos homens ao observar a situação
social do mundo. Dei-me conta, de que aquilo a que se chama liberdade, não é
mais do que uma ditadura encoberta e uma estratégia para dominar as massas,
numa amálgama psicológica o que nos leva a uma sociedade materialista e
consumista, sem que o povo se dê conta. Este sistema constitui um privilégio
para alguns e uma quimera para os demais.
Para que nos
apercebamos disto é necessário que o cérebro esteja livre de drogas e assim
poderemos criar uma sociedade mais equitativa. Segundo a Alquinatura, a
ingestão de Fármacos vincula o Homem a um mundo ilusório onde se distorcem as realidades.
A vida é mais
do que meditar e penetrar nas leis da natureza, é mais do que o mundo
fantástico dos magos e das feiras de ilusões. A iluminação interior está ligada
a uma boa filosofia (conhecimento), logo aos bons hábitos, que nos conduzem a uma
perceção de vida completamente diferente da realidade que vivemos,
encaminhando-nos para uma sociedade mais justa, onde cada um com o seu
equilíbrio, virtudes, etc. é capaz de ofuscar os defeitos do outro. Confúcio
defendia que através da moral (reprimindo) se poderia mudar o homem e aqui se cinge
a grande diferença entre este sábio e Lao Tzu. Lao Tzu defendia que só se pode
mudar o Homem ao acatar as leis naturais (entendendo-as), executando dia-a-dia
a roda da fortuna, para assim podermos chegar ao Homem Santo e Sábio.
Entretanto os
verdadeiros sábios, são os tontos, até que se desbloqueiem os recetores com a
luz das estrelas.
De tudo
isto, deduz-se que a vida, que esta sociedade capitalista nos pretende impor, é
uma vida “pequena” que nos leva a um EU exacerbado.
Também
percebi que não temos feito mais nesta vida do que reprimir o nosso verdadeiro
EU, que é o reflexo do Deus que ainda existe dentro de nós e que, embora não
lhe façamos caso, quando as forças cósmicas, hoje contidas, se manifestarem,
aparecerão em grande escala as “síndromes de reprimido”. As doenças surgirão
numa sociedade dependente de um sistema de saúde obsoleto e sem resposta para a
nova realidade.
Tudo aquilo
que acreditamos saber, morre à medida que crescemos. O conhecimento que temos é
relativo porque o que hoje é certo amanhã não será. Um sábio não se realiza em
três dias mas sim através da atitude e de um caminho de anos que lhe dará a
aptitude para a sabedoria.
Do ponto de
vista espiritual a raiz de todo o conhecimento vem do Céu. Aceder ao Céu é
muito difícil, o que lá queremos encontrar não encontramos e quando o encontramos,
por vezes está distorcido pois Deus ainda tem muita dificuldade em chegar até
nós. Não podemos esperar alcançar este conhecimento sem esforço pois o mundo do
mal, ao entrar em cena serve-se do seu poder para desprezar a vida.
Vive-se uma
situação trágica, devido ao pacto entre Deus e o Diabo onde, este último impõe
ditados que vão desde a morte até a uma escravidão intolerável; tudo isto
enfrentado por aqueles que escolheram o caminho do Céu. Para isso tiveram de existir
ao longo dos séculos (ver livro do apocalipse): as 12 tribos de Israel, os 12
apóstolos e o filho da mulher devorado pelo dragão. Felizmente, nos dias de
hoje podemos contar com o cavaleiro, que dispara à direita e à esquerda contra
os demónios que nos afetaram durante anos, criados para tornar a vida impossível
àqueles que estão em cena nesta época.
Enquanto
andei por esses caminhos do fantástico não tinha a mínima noção de até que
ponto é que nós estávamos afetados por estes demónios que um dia foram
depositados sobre os nossos tálamos em forma de vírus informativos, ou como
recetores de radiações que se ativam à distancia gerando mil e uma doenças que
nos tornam na maioria das vezes a vida insuportável.
Nessa época
sempre acabava fascinada por todos os prodígios visionários. Entre
materializações e grandes milagres, zangava-me por se pôr em causa tais feitos.
Não sabia que o que chegava até nós não era a energia divina que eu tanto
procurava, também ignorava que é impossível reconhecer a magia negra, já que a
essência desta se derrama sobre os neurónios do Tálamo, criando os germes da
diversidade e produzindo no homem condutas com doenças e orientações
específicas. Contra isto só temos mesmo a nossa Doutrina. Há por ai muita gente
que pouco lhe importa de onde vem o benefício desde que usufruam deste. Já
alguma vez pensaram de onde vem o sucesso dos nossos filhos? Porque é que,
normalmente, os mais criativos são os que têm menos sucesso? Quando o têm é
certamente por Deus estar muito empenhado.
Tudo isto tem
um propósito, pois ao reconhecermos o mal como bom, estamos a alimentar o
próprio demónio, acabando assim por sentir desejos políticos e doutrinais
mundanos que nos conduzem às diferenças sociais, às discórdias, às guerras etc.
criando um sistema de bárbaros intelectuais.
Assim foi
eliminado no Homem os Intelectos: Conceitual, Analógico, Intuitivo, Objetivo e
Fraternal, deixando-o relegado ao Racional (até porque, no que diz respeito aos
outros Intelectos, estão mal vistos e desvalorizados), logo a conceção do mundo
das coisas torna-se obsessiva, sem Deus, aparecendo assim o início do caos. Ao
permanecer no caos acabamos por ficar ao abrigo da repressão que irá impor a
sua presença na sociedade e no individuo sobre a forma de Síndrome (Síndrome de
Reprimido).
Tu
perdeste-te na ilusão e eu ,
eu aqui
estou!
Sem ontem nem
amanhã,
Ignorando
onde me leva o agora
aqui estou!
plena de
ausência de quereres,
de saberes
de poderes .
aqui estou…
ansiando a
vida prometida.
Judit 28-2-2014