segunda-feira, 28 de julho de 2014

IV - REGRESSO AO PARAÍSO

Cont. de  III Regresso ao Paraíso

Tu sabias?

Afinal só há um caminho!

Quando comecei esta jornada infinita de encontrar algo que sossegasse a minha inquietude, e me embrenhei no propósito de encontrar o “Regresso ao Paraíso” , nem nos meus sonhos  mais excêntricos poderia imaginar  a realidade que hoje se me depara .





Durante anos andei por caminhos, que, como referi em escritos anteriores me levaram por ruelas mais ou menos fantásticas. Aprendi que, sossegar o espirito e acalmar a alma estava na nossa mente, mas, como algo exterior a nós mesmos. Um chazito, meditar… eram remédio sagrado, porque, felizmente me tinha livrado das poções mágicas da medicina oficial, havia já muito tempo. Pensava que o comportamento emocional, em si, era a consequência de um determinado comportamento psíquico, sem entender que, acima de tudo, era a consequência de uma determinada função fisiológica, mas intuía que a explicação da ciência sobre este e outros aspetos do comportamento humano estava muito longe daquilo que a minha inquietude necessitava; era notório, que os métodos terapêuticos existentes para tratar a mente infelizmente não serviam de muito.

Perceber que tudo isto era consequência de uma determinada função fisiológica que poderia ter sido desencadeada por comportamentos Éticos do Homem foi uma revelação.

Também me apercebi da verdadeira realidade que impera na mente dos homens ao observar a situação social do mundo. Dei-me conta, de que aquilo a que se chama liberdade, não é mais do que uma ditadura encoberta e uma estratégia para dominar as massas, numa amálgama psicológica o que nos leva a uma sociedade materialista e consumista, sem que o povo se dê conta. Este sistema constitui um privilégio para alguns e uma quimera para os demais.

Para que nos apercebamos disto é necessário que o cérebro esteja livre de drogas e assim poderemos criar uma sociedade mais equitativa. Segundo a Alquinatura, a ingestão de Fármacos vincula o Homem a um mundo ilusório onde se distorcem as realidades.

A vida é mais do que meditar e penetrar nas leis da natureza, é mais do que o mundo fantástico dos magos e das feiras de ilusões. A iluminação interior está ligada a uma boa filosofia (conhecimento), logo aos bons hábitos, que nos conduzem a uma perceção de vida completamente diferente da realidade que vivemos, encaminhando-nos para uma sociedade mais justa, onde cada um com o seu equilíbrio, virtudes, etc. é capaz de ofuscar os defeitos do outro. Confúcio defendia que através da moral (reprimindo) se poderia mudar o homem e aqui se cinge a grande diferença entre este sábio e Lao Tzu. Lao Tzu defendia que só se pode mudar o Homem ao acatar as leis naturais (entendendo-as), executando dia-a-dia a roda da fortuna, para assim podermos chegar ao Homem Santo e Sábio.

Entretanto os verdadeiros sábios, são os tontos, até que se desbloqueiem os recetores com a luz das estrelas.

De tudo isto, deduz-se que a vida, que esta sociedade capitalista nos pretende impor, é uma vida “pequena” que nos leva a um EU exacerbado.





Também percebi que não temos feito mais nesta vida do que reprimir o nosso verdadeiro EU, que é o reflexo do Deus que ainda existe dentro de nós e que, embora não lhe façamos caso, quando as forças cósmicas, hoje contidas, se manifestarem, aparecerão em grande escala as “síndromes de reprimido”. As doenças surgirão numa sociedade dependente de um sistema de saúde obsoleto e sem resposta para a nova realidade.


Tudo aquilo que acreditamos saber, morre à medida que crescemos. O conhecimento que temos é relativo porque o que hoje é certo amanhã não será. Um sábio não se realiza em três dias mas sim através da atitude e de um caminho de anos que lhe dará a aptitude para a sabedoria.

Do ponto de vista espiritual a raiz de todo o conhecimento vem do Céu. Aceder ao Céu é muito difícil, o que lá queremos encontrar não encontramos e quando o encontramos, por vezes está distorcido pois Deus ainda tem muita dificuldade em chegar até nós. Não podemos esperar alcançar este conhecimento sem esforço pois o mundo do mal, ao entrar em cena serve-se do seu poder para desprezar a vida.

Vive-se uma situação trágica, devido ao pacto entre Deus e o Diabo onde, este último impõe ditados que vão desde a morte até a uma escravidão intolerável; tudo isto enfrentado por aqueles que escolheram o caminho do Céu. Para isso tiveram de existir ao longo dos séculos (ver livro do apocalipse): as 12 tribos de Israel, os 12 apóstolos e o filho da mulher devorado pelo dragão. Felizmente, nos dias de hoje podemos contar com o cavaleiro, que dispara à direita e à esquerda contra os demónios que nos afetaram durante anos, criados para tornar a vida impossível àqueles que estão em cena nesta época.

Enquanto andei por esses caminhos do fantástico não tinha a mínima noção de até que ponto é que nós estávamos afetados por estes demónios que um dia foram depositados sobre os nossos tálamos em forma de vírus informativos, ou como recetores de radiações que se ativam à distancia gerando mil e uma doenças que nos tornam na maioria das vezes a vida insuportável.

Nessa época sempre acabava fascinada por todos os prodígios visionários. Entre materializações e grandes milagres, zangava-me por se pôr em causa tais feitos. Não sabia que o que chegava até nós não era a energia divina que eu tanto procurava, também ignorava que é impossível reconhecer a magia negra, já que a essência desta se derrama sobre os neurónios do Tálamo, criando os germes da diversidade e produzindo no homem condutas com doenças e orientações específicas. Contra isto só temos mesmo a nossa Doutrina. Há por ai muita gente que pouco lhe importa de onde vem o benefício desde que usufruam deste. Já alguma vez pensaram de onde vem o sucesso dos nossos filhos? Porque é que, normalmente, os mais criativos são os que têm menos sucesso? Quando o têm é certamente por Deus estar muito empenhado.

Tudo isto tem um propósito, pois ao reconhecermos o mal como bom, estamos a alimentar o próprio demónio, acabando assim por sentir desejos políticos e doutrinais mundanos que nos conduzem às diferenças sociais, às discórdias, às guerras etc. criando um sistema de bárbaros intelectuais.

Assim foi eliminado no Homem os Intelectos: Conceitual, Analógico, Intuitivo, Objetivo e Fraternal, deixando-o relegado ao Racional (até porque, no que diz respeito aos outros Intelectos, estão mal vistos e desvalorizados), logo a conceção do mundo das coisas torna-se obsessiva, sem Deus, aparecendo assim o início do caos. Ao permanecer no caos acabamos por ficar ao abrigo da repressão que irá impor a sua presença na sociedade e no individuo sobre a forma de Síndrome (Síndrome de Reprimido).






Tu perdeste-te na ilusão e eu ,

eu aqui estou!

Sem ontem nem amanhã,

Ignorando onde me leva o agora

aqui estou!

plena de ausência de quereres,

de saberes

de poderes .

aqui estou…

ansiando a vida prometida.



                                                                                                                  Judit 28-2-2014