quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

AOS QUE SE PERDERAM E NÃO ENCONTRAM CAMINHO, CONVIDO-OS PARA O CAMINHO DA VIDA.





O modelo deste escrito constitui somente uma parte dos critérios fundamentais da obra alquinaturista. O conhecimento das leis que interatuam no organismo marca aqui o objetivo da terapêutica e da sua ação, transportada à verdadeira cura. Nesta parte da obra alquinaturista, dedicada à ampliação do legado que nos deixou o Dr. Bach, descreve-se a expressão estereotipada do Ser e a forma como estes estereótipos se interrelacionam com a própria fisiopatologia orgânica. Então, as alterações da consciência, do mental e do físico fundem-se num crisol patológico que tem como resultado síndromes emocionais.

         Esta realidade de diversidade e complexidade é, pois, a que prevalece no corpo:


         - Oh solidão! Quanto tempo durarás?



9. Síndrome Emocional Reprimido






Patogenia                                               
                    
A)    Alteração intelectual do ego vital: poder, controlo e importância (5 IT): o comportamento psíquico, em si, é a consequência de uma determinada função fisiológica. A luz do pensamento provém da atividade neuronal, sendo que a situação da ciência é muito drástica no que respeita ao conhecimento funcional dos neurónios, pois esta “passeia-se” pelo tálamo sem pena nem glória. Nestas circunstâncias, qualquer intento de “arranjo” terapêutico aumenta a desordem, pois as doenças mentais não se podem curar com os fármacos, pois estes atuam como as drogas. Assim, mais vale ser um louco enclausurado, do que viver encerrado na prisão da mente devido aos medicamentos. As possibilidades de cura de um doente mental que não tenha tomado fármacos, são altamente favoráveis em relação àquele que tenha sido tratado com os métodos convencionais da psiquiatria. Em todas as épocas têm existido métodos terapêuticos para tratar a mente, mas infelizmente não têm servido de muito. A grande arte não conhece adorno mundano e o ouro da Alquinatura não é a prata da «grande ciência» que se oxida dia-a-dia, obstinada em converter a Terra num buraco negro. Para fazermos uma ideia e nos apercebermos da verdadeira realidade que impera na mente dos homens, basta olhar para a situação social do mundo para nos darmos conta de que esta constitui o fiel reflexo do perfil humano.

O que a maioria das pessoas chama «liberdade» não é mais do que uma ditadura encoberta, misturada com certos traços de democracia animista, na qual existe a crença de que, do espírito idealista de levar o voto à urna, emana um poder que tudo pode. Esta estratégia dos grandes poderes é algo que se considera muito útil para dominar as massas, visto que toda a metafísica do capitalismo está edificada sobre um impulso fundamental que subjaz no Homem, tal como é a avareza. Aqui reside o porquê do êxito das democracias capitalistas. Assim que o extrapolarmos para o terreno psicológico, observamos que a sua própria ação é cosmopolita e que, para além disso, tem a capacidade de transcender para uma psicologia que é materialista e consumista. Este pensamento marca pautas bem definidas: o rico vê-se instalado, a classe média acomoda-se quando olha para baixo e o pobre pensa que algum dia pode vir a ser rico. Qualquer princípio tomado desta experiencia democrática será rebatido com o tempo e cairá em desuso, à medida que o povo se dê conta de que este sistema constitui um privilégio excessivo para alguns e uma quimera para o resto da humanidade.

Neste sentido, é crucial que o cérebro esteja livre de drogas para poder criar uma sociedade mais equitativa, onde as grandes verdades se possam compreender. Segundo o ponto de vista da Alquinatura, a ingestão de fármacos provoca a vinculação do Homem a um mundo ilusório, onde tanto o sentido como os desejos constituem um perigo, ao serem orientados para um materialismo consumista. Portanto, os medicamentos, tal como as drogas, distorcem a realidade. A iluminação interior está ligada aos bons hábitos e isso é o que nos conduz a uma perceção da vida completamente diferente da de hoje em dia. A vida não é mais do que penetrar nas leis da Natureza e só é adequada na medida em que exibe uma sociedade mais justa onde cada um, com seu equilíbrio, com as suas virtudes, etc., é capaz de ensombrar os defeitos do outro. Assim, todos nos completamos numa ordem transitória que nos conduzirá a uma humanidade de Homens sábios e santos. De tudo isto, deduz-se que a vida que a sociedade capitalista nos pretende impor é inferior, porque suscita a negação do contrário e, ainda, um EU exacerbado. Neste sentido, qualquer transgressão por parte de um individuo a um seu semelhante gera uma reação em si mesmo, já que existe una consciência universal que nos une a todos.

Quando estas forças cósmicas hoje contidas se manifestarem, aparecerão em grande escala as síndromes reprimidas, então os Gauleses e os alquinaturistas terão que encontrar horas extra.  


B)  Alterações do intestino grosso (IG): o sábio não se realiza em três dias porque se seguimos o rasto da espontaneidade, observamos que se entra em contradição com o tempo, com as aptidões e com a transformação pessoal que se necessita para alcançar a sabedoria. O SER constitui a expressão pura do NÃO–SER e a negação de acreditar que sabemos as coisas é a fonte que nos leva ao conhecimento delas. Tudo aquilo que acreditamos conhecer, morre quando crescemos, tanto que o conhecimento que temos é relativo, porque o que hoje está certo, amanhã não estará. O CÉU constitui, portanto, do ponto de vista espiritual, a raiz de todo o conhecimento, mas realmente o acesso a este comporta muitas dificuldades.


                       O Deus que procuro
                       nunca aparece,
                       é o dono dos meus pensamentos
                       e parece não mover nada neste mundo.


Não podemos esperar que o CÉU consiga o que o mundo das trevas abomina dia-a-dia, uma vez que este, ao entrar em cena, serve-se do seu poder para desprezar a vida. Muito trágica é a situação, devido a um pacto forçado entre Deus e o Diabo que permite a este último impor ditados que vão desde a morte até a uma escravidão intolerável. Tudo isto faz com que as pessoas que praticam o que é de Deus, ou seja, aquelas que escolhem o caminho do CÉU, se situem na mais rigorosa incompatibilidade e que esta situação se repita dia-a-dia, ano após ano e século após século. Para conseguir a libertação das forças do mal tiveram de existir: as 12 tribos de Israel, os 12 apóstolos, ocorrer a situação em que o dragão devorou o filho da mulher (refere-se à morte de Salomão na sua segunda vinda - Apocalipse 12: 4) e, por último, suceder que o cavaleiro do cavalo branco, ao qual foi dado uma coroa, saia «vencendo para vencer» ( Apocalipse   6: 2).

Nos dias de hoje, as circunstâncias modelam a ação do cavaleiro que, com o seu arco, dispara à direita e à esquerda, contra os demónios que um dia foram depositados sobre o tálamo em forma de vírus informativos, ou como recetores de radiações que se ativam à distância, os quais nos geram mil e uma doenças, que nos tornam a vida impossível. Esta é a abominação desoladora da qual fala o profeta Daniel, pois as dificuldades que se apresentam nesta guerra contra os demónios têm efeitos complicados de superar. Em primeiro lugar, o diabo não compactuou com Deus sabendo que ia perder o pacto apocalíptico, visto que ele lhe proporcionava demasiadas vantagens, vantagens estas que estão a ser pagas por atores que estão em cena, nesta época.

O maior problema coloca-se com os sinais e prodígios com os quais o diabo ostenta, pondo em prática um rol de ladainhas e argúcias. Os detalhes das suas cerimónias manifestam-se em cada dia, nos sucessos do mundo; ele não se afunda em ações insignificantes e, com um orgulho soberano não deixa de nos afligir como um carrasco criado de acordo com a morte para gerar doenças e desgraças. Ditas forças obscuras não se manifestam de forma igual em todas as pessoas e, deste modo, o diabo constrói a sua doutrina sobre estes alicerces, que se evidenciam perante quem sabe formar una ideia do conjunto e detetar as suas inter-relações. É impossível reconhecer a magia negra porque a sua essência derrama-se sobre os neurônios do tálamo, criando os germes da diversidade, já que estes produzem no Homem condutas com doenças e orientações específicas. Em muitos outros casos, os homens são premiados com o ter mais saúde, viver mais anos e possuir privilégios sociais. Tudo isto serve para estabelecer uma ordem específica e garantir a continuidade do seu reinado. Se reconhecemos o mal como bom, o diabo recomenda-se a si próprio, logo, as pessoas atuam comparando e definindo; desta maneira, acabamos por sentir desejos políticos e doutrinais mundanos.
  
A partir deste momento, começam a aparecer as diferenças sociais, as discórdias, as guerras, os assassinatos, os roubos e as grandes mentiras. Por isso, em vez de fomentar a cultura e o saber, o que se procura é criar um sistema de bárbaros intelectuais, onde cada um deles forma um elo que move a máquina do mundo tal como hoje em dia a contemplamos. Ao eliminar-se o Intelecto Conceptual, o Analógico, o Intuitivo, o Objetivo e o Fraternal, ficando o Homem relegado somente ao Racional, a conceção do mundo e das coisas torna-se obsessiva, as forças intuitivas deixam de exercer o seu poder, a moral e Deus morrem e, com isto aparece a aurora do caos.

Quando existe um desacordo entre a razão e a consciência surgem os conflitos internos, a pessoa sente-se suja, o conflito expande-se na direção do intestino grosso, as obsessões apresentam-se sob a forma de prisão de ventre e os conflitos sob a forma de diarreia. Não há nada que se mantenha igual para sempre e ao permanecer no caos, acabamos por vestir o mísero abrigo da repressão que logo irá impor a sua presença na sociedade e também no indivíduo sob a forma de síndrome.


Alteração da moral

«48 9 Tu que foste arrebatado num turbilhão de fogo, num carro puxado por cavalos ardentes. 10 Tu que foste escolhido pelo decreto dos tempos para amenizar a cólera do Senhor, reconciliar a relação dos pais com os filhos e restabelecer as tribos de Jacob. 11 Bem-aventurados os que te conheceram e foram honrados com a tua amizade. 12 Pois quanto a nós, só vivemos durante esta vida, e depois da morte, nem mesmo o nosso nome nos sobreviverá».  
Eclesiástico: XLVIII: 9 – 12

                       
         Aqui observamos a grande diferença que existe entre a religião e Deus, pois a fé, primeira virtude, é certamente incompatível com a ignorância. Só o homem sábio pode ter fé porque ela está associada ao conhecimento da natureza das coisas. A discrepância entre o dogma de fé e a fé entendida como conhecimento é bastante notória: o dogma da fé supõe a crença em algo de forma cega, enquanto a fé do conhecimento implica poder vislumbrar o misterioso.

Assim, uma vez que as coisas têm a sua base existencial na luz do conhecimento, procura-se o caminho para a sabedoria suprema. Por outro lado, chama-  -se afortunado a todo aquele ao qual se abrem as portas do CÈU para conhecer a sua glória. Pelo contrário, o dogma de fé proposto pelas religiões torna-se inoportuno com o tempo: a razão converte-se em obsessão, a claridade em cegueira e a interpretação das Sagradas Escrituras num tratado de visão estreita. Se estas se interpretam conforme o Sentido do CÈU, o mundo científico terá menos argumentos para rejeitar a ideia de Deus, pois mais lhe vale fazer de convidado do que interpretar o papel de anfitrião para que, deste modo, se possa acentuar a prudência que convém observar na criação do Universo e das coisas. A Bíblia, com altivez celestial, não se aflige com a incompreensão de uns e de outros, ou seja, com a dos teólogos e científicos porque o burro, não foi criado pela Natureza para estar acima dos homens, mas sim para que Jesus, com orgulho soberano, fizesse a sua entrada triunfal, em Jerusalém, montado nele.

Quem advertiu que este facto bíblico era uma alegoria referida ao conhecimento do CÈU e do Homem? Aqui o supremo, o CÈU, dever-se-ia elevar acima do mundano, ou seja, do Homem. Assim, como é natural, a representação cénica do CÈU é feita por Jesus e a do Homem é feita pelo burro. É impossível, para o Homem, conseguir distinguir a essência das Escrituras, porque, por um lado, para poder interpretar o seu significado metafórico, é necessário dispor do conhecimento que descubra a magia dos nomes e, por outro, as fórmulas contidas nas suas leis misteriosas vão para além do pensamento amoral inerente a este mundo. A eficácia para a compreensão sem entraves reside em possuir o humilde tesouro da justiça, merece que identifiquemos, nas Escrituras, os nossos próprios pensamentos. Quem conduz assim a vida não tem nenhum desejo egoísta para si, o seu coração é o coração da Bíblia; a este respeito, o apóstolo Paulo faz um esclarecimento muito significativo:

28 : 25 Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados por meio do profeta Isaías.”

26 Vá a este povo e diga:
Ainda que estejam sempre ouvindo,
vocês nunca entenderão;
ainda que estejam sempre vendo,
jamais perceberão.

27 Pois o coração deste povo
se tornou insensível;
de má vontade
ouviram com os ouvidos
e fecharam os olhos.
Se assim não fosse,
poderiam ver com os olhos,
ouvir com os ouvidos,
entender com o coração
e converter-se,
e eu os curaria.

28 “Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!”
         Atos 28: 25 – 28


         Outra das qualidades próprias do entendimento das Escrituras é possuir um segundo tesouro que consiste em ter uma ligação com o mundo da medicina natural, fundamentalmente, com a medicina tradicional chinesa na sua vertente esotérica, pois entre as suas exposições mais virtuais, encontramos uma linguagem metafórica idêntica à da Bíblia, cujo perfil doutrinal está orientado para servir a Natureza, a Deus e aos Homens. Neste sentido, também o profeta Isaías o evidencia quando fala da futura glória de Sión:


«8 Quem são estes que voam como nuvens, que voam como pombas para o pombal? 9 São as frotas que convergem para mim; os navios de Társis abrem a marcha, para trazer de longe os teus filhos, com a sua prata e o seu ouro, vai honrar o Senhor, o teu Deus, o Santo de Israel, que assim te enche de honra. 10 Os estrangeiros reconstituirão as tuas muralhas e os teus reis a servirão. Se te feri na minha indignação, agora quero mostrar-te o teu amor e benevolência.”
Isaías 60: 8 – 10


         Assim, para o que teve ouvido para escutar, Sión é a representação do TAO ou a consciência superior do Homem, quer dizer, grupos de neurónios situados no Tálamo (a Nova Jerusalém) que controlam todas as funções fisiológicas, sejam elas físicas, mentais, intelectuais, da consciência coletiva, etc.

         “Estes que voam como nuvens” faz alusão àqueles que vão em segredo ou se ocultam, visto que as nuvens dificultam a visibilidade e “como pombas para o pombal” refere-se às pombas, animal que possui um elevado sentido de orientação, o qual constitui uma alegoria ao Novo Homem, ou seja, ao Homem desperto que sabe orientar-se, para poder assim voltar ao seu ser espiritual (“ao seu pombal”).

         Continuando com a interpretação, podemos deduzir que a passagem, “São as frotas que convergem para mim” faz referência às pessoas que estão do outro lado do Mediterrâneo, pois ao vislumbrar a costa desde Israel, o que se encontra em frente é a Europa. Já no excerto “para trazer de longe os teus filhos, com a sua prata e o seu ouro”, torna-se claro que não faz falta imaginar que o processo de conversão da Nova Jerusalém (tálamo) e de Sión (o TAO ou consciência superior) tenham a sua origem em Társis, isto é, aquilo que hoje é Andaluzia (“os navios de Társis abrem a marcha”). Tal expõe um ponto de vista que pode ser aplicado em função de factos passados, dos quais unicamente são conscientes aqueles “que voam como nuvens, que voam como pombas para o pombal”. Por conseguinte, são “os navios”, os que navegam sobre a água e sobre o mar. Contudo, devemos ter sempre em conta o contexto em que aparecem estas palavras porque, em certas ocasiões, adotam o significado de maldade.

         Tirar o Homem das profundidades estereotipadas e da consciência adormecida permitir-lhe-á transcender e poder alcançar um estado de consciência plena. Então, o fragmento “para trazer de longe os teus filhos” pretenderia significar o estar longe da glória de Sião. O trecho “com a sua prata” representa os conhecimentos da medicina científica; a sua obra está edificada sob as bases de um grande processo de investigação e da mão de uma alta tecnologia, que deu lugar a um universo de dados, tanto no âmbito da anatomia, como no da fisiologia.

Esta medicina é verdadeiramente surpreendente, já que se converteu numa autêntica lenda, inclusivamente, muitas pessoas lhe atribuem poderes sobrenaturais. Portanto, seria conveniente que a obra desta medicina fosse autêntica para não estar sujeita ao panorama que se nos apresenta: a criação de uma sociedade debilitada com uma multitude de doenças crónicas, com grande dependência de fármacos, submetida a cirurgias, tudo isto aliado a uma péssima qualidade de vida para finalmente acabar morrendo, tal como as pessoas de há mais de mil anos atrás. É por tudo isto que o elemento mágico que deve alcançar uma medicina é o de poder viver uma longa vida com saúde; isso não só não foi conseguido, como a doença se converteu num negócio suculento, que inclusive leva alguns países à ruína devido ao gasto sanitário e, as células, que tal como a prata, oxidam-se.

Sábio é Salomão quando diz: «2 26 Àquele que lhe é agradável, Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria; mas, ao pecador, dá o cuidado de recolher e acumular bens para depois os deixar a quem Deus quiser. E também isto é ilusão e correr atrás do vento.» (Eclesiastes 2: 26). Aqui impõe-se a necessidade de deitar mão a todo o arsenal proveniente do conhecimento que nos traz a medicina científica (sua prata), deixando de lado a poção “mágica” do medicamento para não envenenar, suprimir, mutilar, drogar o organismo e, assim, evitar a todo o custo passar pelo quirófano.

Acima desta práxis médica encontra-se a Alquinatura (Medicina Natural Integral) com as suas magníficas rapsódias curativas, fruto do órgão celestial, o qual trata de construir os contrastes existentes entre a medicina científica e medicina natural ou empírica, para chegar a uma síntese que deu lugar ao sonho da vida.

A Alquinatura contém a aplicação prática das soluções propostas, perante o que é correto de uma fisiologia dispersa e parcelar, pois esta leva-nos por caminhos gloriosos de uma fisiologia unitária, em concordância com o que diziam os antigos mestres naturistas: que o organismo é uma unidade funcional.

         Somente uma conceção destas pode facilitar o acesso a esse universo que está para além da morte: o elixir da vida, a Alquimia orgânica, ou dito de outro modo, converter o metal em ouro (“o seu ouro”). No excerto “vai honrar o Senhor, o teu Deus, o Santo de Israel, que assim te enche de honra.” expõe-se que o contraste entre a joia interna do Homem espiritual e o rasto grosseiro que apresenta o ímpio se evidencia claramente.
         O caminho para a elevação, a saúde plena, a glória e a felicidade vêm unicamente de Deus, pois só ele nos dará a conhecer os meandros que movem o mundo e a Natureza. É por isso que toda a fonte da Medicina Alquinaturista vem de Deus e o Alquinaturista deve levar escrito o “nome” deste na sua frente. Logo, seria um equívoco querer eliminar Deus do contexto da Medicina Alquinaturista, pois esta só possível graças a ele, apesar dos intentos por parte de especialistas e da maioria das pessoas ao quererem limitar Deus unicamente ao contexto religioso e fora da vida social.

         O caminho de Deus confere-nos uma vida plena e rica, por isso é que Deus é omnipresente, ou seja, está em todo o lado, em todas as coisas; a prova disso é que o Santo de Israel, o Nazareno, curou e praticou o bem: «10 38 Como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder de Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele» (Atos 10: 38).

         Nós, os Alquinaturistas, sabemos muito bem que o diabo, com as suas argúcias de grande perícia informática universal converteu o computador cerebral do Homem num campo de vírus informativos que fazem deste uma marioneta inconsciente, pois acredita conhecer o que não sabe e está configurado com condições adversas à verdade, como por exemplo, falar de Deus. Mas isto, hoje em dia, é um tema tabu, porque fora do contexto de algumas religiões, esta prática é apenas associada às seitas. Assim, podemos dizer que existe um certo grau de reticência a falar de Deus.

Para nós, os de Társis, não nos basta o esboço das simples interpretações da edificação bíblica para que a neblina mágica da doutrina de Deus possa penetrar.  
Na passagem “Os estrangeiros reconstituirão as tuas muralhas”, alude-se a que o influxo da Medicina Tradicional Chinesa chegou a todas as partes e a sua corrente mágica deixou raízes em Társis. Deram-se uma série de circunstâncias que proporcionaram condições idóneas para que no mundo da medicina alternativa se despertasse um grande instinto, que nos levaria pelo caminho da aprendizagem sem que os refinados doutores e as autoridades sanitárias pudessem fazer nada para o evitar; deste modo, tanto os deuses do Olimpo como os demónios perderam a batalha.

         A isto há que acrescentar uma nova técnica importada dos Estados Unidos chamada Kinesiologia, a qual, junto à medicina natural e à medicina tradicional chinesa construiu as bases da Alquinatura (Medicina Natural Integral). Esta última criou uma conceção dinâmica baseada no holístico e aglutina diferentes âmbitos como: a ciência, a religião, a filosofia, a música, o vegetarianismo, o desporto e as relações sociais. Esta medicina abriu ainda a porta de par em par ao milagre do CÈU, onde o místico, o esotérico, o cósmico, a dualidade, a unidade, o princípio, a génesis e a metafísica aparecem como uma nuvem celestial. Começaram, então, a tomar forma as ideias alquinaturistas, pois a Alquinatura pretende utilizar as secretas e as milagrosas forças da Natureza para fabricar a “pílula de ouro” que confere às células a mitose perpétua. A península dos bem-aventurados, situada entre o Oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo, já se encontra habitada por espíritos ditosos, livres de todo o lastro terreno.

O muro está edificado com a pérola negra da China, com a água da nascente gaulesa do nosso querido Bach, mas também com as doses infinitesimais e com as dinamizações mágicas do médico Meissen (Sajonia), pois estas dançam através das ‘bulerias’ homeopáticas a toque das batidas de Hahneman, tendo sido o califa holandês Raphael Van Assche, montado num camelo, quem nos trouxe a porta do muro para que o ar fresco da Kinesiologia perfume os campos de Társis.

         Vestidos de branco estão preparados os Alquinaturistas para a batalha, todos como magos taekwondistas para poderem alcançar, com os seus movimentos, o elixir da vida. Os livros oferecem sabedoria ao iniciado e, graças a estes ensinamentos, o mesmo poderá converter-se num asceta. Sem dúvida, o ofício de mestre da Terra nada tem a ver com o de mestre do CÈU, porque o espírito eterno do TAO Cósmico é consciente, uma vez que este estará alerta para ouvir a suave brisa portuguesa na cadência do fado. Este agitará as suas azagaias solares ao escutar a música do Oriente, com Luciano Pavarotti dará conta dos seis climas e os blues farão recordar a injustiça social instaurada na Via Láctea.

         O terceiro destes tesouros encontra-se na terra de Társis e a este chama-se flamenco; com ele, o projeto da divindade caracteriza-se pela procura de um determinado grau na evolução da consciência humana enquanto conhecimento em relação ao TAO Cósmico ou consciência universal. Os mil e um cantos flamencos, os seus cânones e melismas, são capazes de criar as disposições anímicas aptas para que a Mãe reconheça o seu filho.

         Trata-se de um fenómeno no qual a vida pode vencer a morte, porque na sua metafísica evolutiva a eterna Mãe, ou TAO Cósmico, torna-se carne; por outras palavras: “o Verbo (som – música) se fez carne (deus – imortal)”. A amálgama musical está representada pela música ruidosa e mundana de hoje em dia. O império das trevas deixou neste mundo a sua marca e as suas estridências musicais constituem a antítese da metafísica do Homem.

Dizem que os flamencos alquinaturistas empreenderam um caminho para o Céu, pois enquanto se purificam para consumar a oferenda do TAO Cósmico, os transeuntes televisivos enchem-se de pop e de rock. Entretanto, no dia-a-dia, são a sobremesa eleita para o consumo dos gritos de guerra e da seleção musical imposta pelos governadores das trevas através dos seus informadores. Mas, passada a sua hora, a corrente da vida afastar-se-á destes.

Na abóbada celeste existem uns quinze mil milhões de constelações e uma delas é a Via Láctea: nebulosa à qual pertence o Sol e mais uns cem mil milhões de estrelas. As duas forças primordiais das quais surge a vida são o oxigénio a água, pois a vida desenvolver-se-á em qualquer planeta que possua estes dois elementos.

O sopro do TAO representa o grande flautista que faz surgir o mundo colorido das coisas; este pode transformar uma molécula em proteína para que esta, por sua vez, se converta numa célula, num vegetal, num animal, num homem e em Deus, última fase da cadeia evolutiva.

Aquele ser a que Jesus chama o Pai não é mais do que o rei de uma civilização planetária cujos membros habitantes chegaram a ser deuses, prevalecendo entre eles a justiça, a igualdade e o amor. Este planeta chamado CÉU ensina a sua doutrina através dos textos bíblicos e tem como modelo os governantes e profetas escolhidos. De uma estrela da constelação de Peixes veio cada um deles - “o mais pequeno no reino dos Céus, mas o maior na Terra” -, levaram-nos numa nave espacial e foi assim que Elias foi elevado num carro de fogo.

O dogmatismo leva ao contrassenso, ao absurdo e, este com o tempo, esgota-se. Portanto, devemos realizar as nossas aspirações graças à magia de ser uma pessoa aberta. Não é bom converter-se numa pessoa obcecada e dogmática que segue a lei do mundo porque enquanto o mundo perdure, esta exibirá a sua coroa laureada fazendo brotar o fio da confusão. Sem dúvida, com o passar do tempo, instaurar-se-á nela o reino dos reprimidos e, então, beberá do cálice amargo desta síndrome.



Ação fisiológica floral

         Estes três remédios juntos possuem uma vibração capaz de atuar sobre a zona intelectual do ego vital, potenciando a sua atividade. O ego vital atua, mas não tem propósitos, isto é, só persegue o interesse vital para a vida social, pois uma sociedade na qual haja indivíduos que estejam afetados pelo ego vital e outros pelo ego patológico é muito violenta. Governando-se um mundo conforme as necessidades vitais de cada pessoa, não se produzirão catástrofes naturais nem guerras nem fome. O maior problema é colocado pelos do ego patológico, pois tentam monopolizar tudo: o poder, o dinheiro, o controlo, etc.

Neste sentido, é bom que ao injusto ou à injustiça se lhes responda com os direitos que há de ter cada pessoa, pois a todo aquele que possuir um bom ego vital, estes pressupostos serão entendidos automaticamente. O mais terrível para as pessoas é a implantação de uma sociedade relativista, porque nesta todas as expressões se estereotipam. Assim, a benevolência ou a moralidade, noção suprema de uma sociedade justa, pode converter-se em contemplação e adornar o cenário de uma sociedade injusta com cânticos de amor à disposição da caridade.

Desta maneira, as obras dos egos patológicos levam-se a cabo e os seus assuntos seguem o seu curso. Teremos, então, de nos resignar e admitir uma corrupção social, visto o individualismo inconsciente de uns, o desequilíbrio do ego vital de outros e as religiões contemplativas constituírem a base desta ordem social que hoje conhecemos. O mundo das mutações encontra-se congelado; esperemos que a ação deste remédio floral desperte o voo dos gansos, pois só assim veremos a chegada da primavera.


                                           Autor: A.M. FAJARDO
                       Tradução : Luísa Coelho


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

REFLEXÃO E EXAME DE CONSCIÊNCIA DE UM ALQUINATURISTA



Não se pode ser Alquinaturista com um nível de consciência, ao pretender justificar ou servir o mundo (sistema materialista e consumista).

O ego patológico do dinheiro é um estereótipo ou uma doença, mas é verdade que necessitamos do vil metal para fazer face às nossas necessidades (ego vital).


Este mundo deveria ser um paraíso mas é impossível disfrutar deste, visto Satanás ter contaminado o Homem para o dominar através dos egos patológicos, que fazem do Homem um ser desprezível.



O caminho elegido pelos Alquinaturistas está cheio de calamidades, sofrimentos e desgraças, mas cabe-nos pensar que, se Deus nos está a dar outra oportunidade, é porque sabe que temos uma possibilidade de nos libertarmos e de mudar este inferno para o paraíso que ele criou. É nossa responsabilidade definir e termos a convicção de que não estamos dispostos a deixarmo-nos arrastrar pelo mundo de Satanás.



Não há dois caminhos, só um.

Não há dois desportos para fortalecer e desenvolver o AR; só serve o TAEKWONDO, mais                   concretamente, os TAO-DO desenvolvidos pelo professor.

Não há dois tipos de medicina Alquinaturista, só a nossa.

Não há dois iluminados que interpretem as mensagens do céu.

O príncipe deste mundo encarrega-se de que tudo o que se projete, fracasse. Por isso, qualquer projeto, por pequeno que seja, se este nos deixar realizá-lo, é um triunfo do qual devemos ser parte integrante. Isto é o que nos pedem em troca: COMPROMISSO, que é o que nos diferencia das outras filosofias.

Estamos submetidos a leis de conduta (ética), para nos podermos purificar de todos os estereótipos que arrastamos (“roupa suja”); não esqueçamos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus e que devido à traição de Satanás e à debilidade do Homem, temos como sentença a morte.

Brinca com as nossas ilusões, com a nossa paciência e a nossa fé com a única finalidade de nos derrotar e fazer com que Deus acredite que não vale a pena salvar o Homem. Ainda que a luta seja contínua, desigual e dura e que a recompensa da Alquimia (anjos de Deus) não chegue, ficar-nos-á a satisfação de ter despertado e lutado contra aquele que nos condenou a ser escravos das suas maldades.

 Deram-nos a Alquinatura como instrumento para ajudarmos a mudar este mundo, para que todos conheçam a verdade e não nos podemos calar e utilizá-la apenas em benefício próprio (a cada um dará segundo a sua obra). Esta guerra, batalha do céu e a terra, está a ser executada há seculos com diferentes pessoas e em diferentes lugares, desde a utilização da acupuntura do imperador amarelo (Hoang Ti) que promovia a cultura e a saúde.


A explosão do TAO (leis da Natureza), com ordem e pureza, cria tudo o exposto no céu, cujo maior expoente é Deus. Sabendo quem nos ataca, quem engana o nosso interventor, não podemos atuar em rebeldia contra este, porque este, mais do que ninguém, se tem exposto e perdido nesta guerra, para alcançar a liberdade de todos. Fazer um exame de consciência é tão necessário como meditar sobre uma decisão.

Deram-nos como guia a Roda da Fortuna, como lei, os 24 Anciões da Ética e a mensagem escrita e decifrada da palavra de Deus (a Bíblia). Esta é a doutrina que tem de mudar o Homem, começando por nós mesmos, para assim poder mudar o mundo e não ficarmos à espera que sejam os outros a mudar-nos, ou então, um milagre.




Ainda que conheçamos milagres expostos nas Escrituras, não são os mesmos tempos e as mesmas pessoas. Temos de nos saber colocar na realidade dos tempos e saber esperar esse juiz que sentencia cada indivíduo segundo os seus delitos.



Eu vejo-o como uma vibração chegada a este mundo, tão forte e subtil ao mesmo tempo (porque virá como um ladrão pela noite), que desbloqueará os recetores internos, bloqueados ou anulados por Satanás, para que cada um recolha a sua própria obra, seja ela boa ou má. É a única forma que o Homem tem de tomar consciência, uma vez rejeitada a opção da Alquinatura (bem-aventurados os que resistam porque eles verão o obra dos céus).




                                                                                                  Por: MST                                                                                                                                         Tradução: Luísa Coelho