Continuação … (de III – mitos e lendas)
OS AÇUCARES
As infinitas melodias saem incessantemente das boas e
despertas consciências, estas têm um som distinto das da razão estereotipada.
As da consciência, representam os sons (do flautista) da orquestra do Céu, e as
dos estereótipos, representam a cantilena da fonte do mundo. As melodias da
consciência criam o impulso para que as verdades saiam para a luz. Assim o
“sábio” empenha-se em anunciar a aplicação prática da exposição empírica,
quando se diz: “as células do cancro alimentam-se do açúcar”.
Entre os
monossacarídeos mais importantes dos seres vivos encontram-se a glicose, a
frutose e a galactose. Descrevem-se de forma breve as principais funções destas
moléculas.
GLICOSE: A D-glicose, que originalmente se denominou dextrose,
encontra-se em quantidades importantes em todo o mundo vivo (Fig. 7.19). É o
principal combustível das células. Nos animais, a glicose é a fonte de energia
preferida das células cerebrais e das células que têm poucas ou nenhumas
mitocôndrias, como os eritrócitos. As células que têm uma oferta limitada de oxigénio, como as do globo
ocular, utilizam também grandes quantidades de glicose para gerar energia. As
fontes alimentares são o amido das plantas e os dissacarídeos lactose, maltose
e sacarose.
FRUTOSE: A D-frutose, originalmente denominada levuloses, costuma
chamar-se açúcar da fruta devido ao seu elevado conteúdo na fruta. Encontra-se
também em alguns vegetais e no mel (Fig. 7.20). Esta molécula é um membro
importante da família dos açúcares na cetose. Por grama, a frutose é duas vezes mais doce que a
sacarose. Portanto, pode-se utilizar em quantidades menores. Por esta razão, a
frutose usa-se frequentemente como agente edulcorante nos produtos alimentares
processados. Utilizam-se quantidades importantes de frutose no sistema
reprodutor masculino. Sintetiza-se nas vesículas seminais e posteriormente
incorpora-se ao sémen. Os espermatozoides utilizam o açúcar como fonte de
energia.
GALACTOSE: A galactose é necessária
para sintetizar diversas biomoléculas (Fig. 7.21), entre as quais se encontra a
lactose (nas glândulas mamárias lactantes), os glicolipídeos, determinados
fosfolipídeos, proteoglicanos e glicoproteínas. A síntese destas sustâncias não
diminui por a alimentação carecer de galactose ou do dissacarídeo lactose (a
principal fonte alimentar de galactose), pois o açúcar sintetiza-se facilmente
a partir da glucose-1-fosfato. Como se mencionou anteriormente, a D-galactose e
a glicose são epímeros em relação ao carbono 4. A inter-conversão de galactose
e glicose está catalisada por uma enzima denominada epimerase.
Na
galactosemia, uma doença genética, carece-se de uma enzima requerida para
metabolizar a galactose. Acumula-se galactose, galactose-1-fosfato e galactitol
(um derivado álcool-açúcar) produzindo danos hepáticos, cataratas e atraso
mental grave. O único tratamento eficaz é o diagnóstico precoce e uma
alimentação sem galactose”.
(Excerto extraído do livro Bioquímica,
La Base Molecular de la Vida, terceira edição de Trudy Mckee e de James R.
Mckee da editorial Mc Graw Hill, pág 211).
“O
açúcar que intervém na confecção de toda a classe de “doces”, confeitarias,
marmeladas, pasteis, caramelos, chocolates, etc., foi considerado pelo Dr. Paul
Carton, como um dos “alimentos mortíferos”. Está formado por sacarose
concentrada, desprovida de vitaminas, fermentos e minerais. Esgota/cansa as
vísceras; é mal retido pelo fígado e por vezes provoca glicosúria alimentaria
(Le Goff), produz cáries dentárias (fredet y Nivet), desmineraliza as
secreções, pode provocar estados febris e crises nervosas quando agregado ao
biberão das crianças.
A isto acrescenta o Prof. Yudkin:
“Existem boas razões para acusar o açúcar dietético como agente causal do
infarto cardíaco. Sem dúvida, existem razões de sobra para recomendar o menor
consumo possível de açúcar. Sabemos que para muitas pessoas é causa de
obesidade; sabemos que é causa importante no aparecimento de cáries; é possível
que intervenha na diabetes, na dispepsia e na úlcera péptica. Sabemos, com
certeza, que a diferencia, de outros componentes dietéticos (à exceção talvez
do sal), uma redução da ingestão de açúcar igual a um décimo da media normal
não é nocivo. Se mediante este simples sacrifício reduzimos o risco de infarto
cardíaco, como é, a minha opinião pessoal, teremos logrado ao menos um objetivo
real com respeito a uma doença que causa entre os habitantes do nosso país mais
baixas do que todas as variedades de cancro juntas”.
(Excerto extraído do libro Bioquímica, Metabolismo y Alimentación del Hombre do Dr. Eduardo
Alfonso, p. 182).
Estes critérios, expostos pelo Dr. Eduardo Alfonso, no
seu livro sobre a ação patogénica do açúcar simples, sem nenhuma intervenção
divina a favor dele, deixa os crentes desta teoria, pobres e torturados. Uma
vez consumado o sacrifício de não ingerir açúcar, estes acabam prostrados no
chão, trucidados pelo decorrer da vida comum , chegando ao fim da tarde,
queimados que nem torresmos. Temos que ter em conta que Eduardo Alfonso baseia
a sua teoria no consumo de açúcar industrial, pois este é o que provoca os
ditos efeitos negativos, e não o açúcar em si, isto é, aquele que não foi
submetido a um processo bioquímico prejudicial.
“O cérebro humano está formado por um número
estimado de 100.000 milhões de neurónios que, juntos, integram todas as funções
do organismo. Apesar do seu tamanho relativamente pequeno (cerca de 1.5 kg, ou
2% do peso corporal de um adulto mediano), o cérebro humano utiliza, em
condições de repouso, entre 15 a 205 do gasto cardíaco corporal. Este órgão
profundamente complexo requer um afluxo sanguíneo muito grande devido à sua
elevada taxa metabólica. Uma breve interrupção
do fluxo contínuo de oxigénio, nutrientes e energia, sob a forma de glicose,
pode produzir inconsciência”.
(Excerto extraído do livro Bioquímica,
La Base Molecular de la Vida, terceira edição de Trudy Mckee e de James R.
Mckee da editorial Mc Graw Hill, p. 255).
A maioria dos alimentos que consumimos, tais como: os
cereais, as leguminosas, as féculas, os frutos secos, as frutas e os lácteos
contêm uma grande dose de hidratos de carbono e todos eles, mediante a
digestão, ficarão reduzidos a monossacáridos: glicose, frutose e galactose.
Posteriormente, estes três monossacáridos entram numa via metabólica chamada
Embden Meyerhof para produzir a fosforilação oxidativa. Trata-se de uma das
fontes mais rápidas de obter ATP, uma molécula de alta energia, vital para o
funcionamento dos músculos, do cérebro e de muitas outras funções do organismo.
A obtenção de monossacáridos dos alimentos, por parte do
organismo, é variável quanto ao tempo de digestão dos ditos alimentos e origina
como resultado final a glucose, a frutose e a galactose, isto é, por sua vez,
variando em função da quantidade de energia (reações acopladas) que o organismo
necessita para os processos digestivos. Neste sentido, a obtenção rápida de
glucose, frutose e galactose e o pouco gasto de energia para a sua utilização,
é de um valor incalculável. A dita obtenção destes monossacáridos através dos
processos digestivos varia tendo em conta o tempo e a energia em função das
reações acopladas (metabolismo químico). Abaixo mostra-se uma tabela
orientadora, com uma escala de 1 a 10.
É um facto comprovado que a maioria das pessoas já
experimentou, em algum momento de decaimento, (incluso com grau de lipotimia)
que, ao tomar algo com açúcar, alguma fruta ou doce; o corpo recompôs-se de
imediato; este decaimento deveu-se à falta de glicose, frutose ou galactose no
sangue (baixa de açúcar). O ter uma resposta vital rápida, não deve ser
confundido com o facto de tomar açúcares em si, visto que estes açúcares, a não
ser que sejam monossacáridos como a glucose e a frutose, necessitam da digestão
para ser utilizados. O impulso vital produz-se para deter o alto consumo
energético (reações acopladas). Ao não haver açúcar no sangue para a obtenção
de ATP, o organismo utiliza outros alimentos para a dita obtenção tais como os
lípidos e as proteínas. Estes últimos requerem um alto gasto energético e é por
isso que o organismo não se restabelece devido à ingestão do açúcar em si, mas
sim devido à poupança energética.
O mundo da indústria é também o mundo do progresso, desde
que este contenha fortes traços de sustentabilidade (ciência com consciência).
Dispor de dissacarídeos, como o açúcar ou de monossacáridos como a frutose, é
uma prenda que nos trouxe o progresso e não a devemos depreciar.
O perigo do açúcar
branco
Recordo, desde pequeno, que as nossas mães nos davam para
merendar pão caseiro com chocolate ou com azeite e açúcar. Recordo-me de como o
açúcar se tornava duro no açucareiro e tínhamos que estar ali “num bate
que bate” para desfazê-lo. Tal endurecimento criava alguns problemas à
indústria açucareira e aos comerciantes, de tal modo, que estes optaram por uma
rápida, mas venenosa solução. Tal solução consistia em processar o açúcar com
ácido sulfúrico.
A partir do ponto de vista químico, não supunha nenhum
risco para a saúde, contudo, numa perspetiva energética, e tendo em conta que o
açúcar contém iões de sulfito, isso confere-lhe um certo grau de radiatividade.
Este é pouco apreciável ou mensurável para a ciência dos nossos dias, mas pode
ser comprovado por todo aquele que tenha um certo grau de sensibilidade. Deste
modo, observaremos que, ao deixar o açúcar no açucareiro, se formos aproximando
a palma da mão na direção do açúcar como se o quiséssemos espalmar, chega um
momento em que notaremos na mão uma certa sensação ou cócegas, isto produz-se,
porque todos os corpos radioativos têm um fluxo de energia residual invisível.
Não obstante, ao utilizar o açúcar para elaborar doces ou
outras sustâncias como a nata, os sumos, as bolachas, etc., o primeiro reage
quimicamente com os outros elementos químicos e os seus efeitos nocivos ficam
reduzidos a quase nada, desde que tenham passado pelo menos 24 horas. É por isso
que não devemos consumir o açúcar diretamente, nem mesmo quando adoçamos o
leite ou o café.
Continua … (ver V
– mitos e lendas)
Autor :
Medico alquinaturista TZU HANG
Tradução
: Luísa Coelho
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