terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

CONTRA A INDULGÊNCIA

SAUDAÇÕES


O Trono de Sião a Josep Pamies e ao seu Blog.


A consideração que sinto por todos os que amam a vida, é a fonte das minhas inquietudes.

Vivemos numa época em que muitos nos oferecem continuamente o milagre das soluções para este mundo. Para além destes conselheiros, a maioria das vezes bem-intencionados, existe também a versão oficial do sistema.
Todos estes conceitos de ideias sucumbem constantemente como consequência de excluir radicalmente qualquer antropomorfismo dos bons costumes e das atitudes para com a VIDA. A consciência e a razão separadas confundem o sentimento humano e convertem-no "num cão da palha" (o cão da palha não come nem deixa comer), enquanto perdura o bem-estar, encontra-se uma interpretação da vida muito de acorde com as próprias ideias. Sem dívida, quando lhes chega a crise, as doenças, os conflitos, o desemprego, etc; afastam-se e/ou são afastados desse percurso de vida.


Tudo o que existe está condenado a morrer, esta afirmação abriga o conceito de que o mundo das manifestações baseia-se inteiramente sobre a polaridade da razão, deixando á margem o universo da consciência. Não nos convém imaginar os estados de consciência como princípios originais estáticos, mas sim como um processo de contínuo desenvolvimento e transformação. Este processo é produzido como consequência de exercer uma série de valores e atitudes, não só pelo; “somos o que comemos”, mas também, somos a música que escutamos, a educação que sentimos/recebemos e o exercício que praticamos, a medicina que nos atende e as relações que desenvolvemos. Esta lei das seis atitudes faz com que todas as evoluções ou (não)evoluções (dependendo da boa pratica das ditas atitudes) transcorram de uma forma determinada. Ao contemplar o slogan: “para quê lutar contra o sistema, se o sistema somos todos nós”, observamos que o mesmo não deixa de estar correto, na medida em que constitui a força e o poder do sistema que se desenvolveu neste tempo.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

EGOS DO MUNDO


A mulher respondeu-lhe:
 Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse:
“Nunca o devereis comer, nem sequer tocar nele, pois se o fizerdes, morrereis”.
A serpente retorquiu à mulher:
“Não, não morrereis; porque Deus sabe que, no dia em que a comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal”.
                                                                                           Génesis 3: 2-5.


E desde aquele dia:

São os grandes deuses do nosso mundo, ao que todos obedecem em maior ou menor escala! E aí daquele que se afaste deles, pois será desapreciado pela humanidade e considerado louco.
O próprio ego do homem levou-o a querer colocar-se acima da natureza e de Deus.



Se não amas ao teu próximo e tens o controlo, manipulas-o”.
                                                                                           A.M.F. El León



Nem todos os egos são maus, existe um ego chamado vital do qual necessitamos para viver e superar, este se, se encontra debilitado, paralisa-nos e tiranos o ânimo, mas se equilibrado, não antepõe a própria superação aos outros, não se vale de qualquer coisa, não tem que ser o melhor; já não é isso que procura.
Está relacionado com um tipo de interesse cognitivo emancipatório coletivo, que procura a auto-compreensão positiva do conhecimento, como elemento transcendental da própria metafísica do homem, em consonância com as leis do Tao, e em benefício da comunidade.
Aquele que entende as leis do Tao, compreende a importância de ajudar os outros, para que também, se sintam participantes do futuro, dando-lhes a mão, indo ao seu lado, não por cima ou à frente, pelo contrário, mais facilmente se colocará atrás, para encaminha-los e ensina-los sem outro propósito que não seja a evolução de todos.
“Para governar os homens e servir o céu, nada é mais eficaz do que a moderação. A moderação deve ser a primeira preocupação do homem”
                                                                            Tao Te King LIX



Com esta atitude, nos tornamos maiores… do que aquele que tenta dominar os seus semelhantes através do poder, do medo e do engano.


“Para mandar em alguém, toma-te a ti próprio como, mandado”.
                                                                                            A.M.F. El León



… que aquele que se vangloriza da sua propria inteligencia e dos seus títulos académicos, olhando com lástima para “os necios incultos que não foram para a universidade”. E fala com palavras técnicas para que não os entendamos e assim possa manter o controlo sobre uma multidão aborregada.

“Se alguem pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber”.
                                                                                           I Corintios 8:2




O que se gaba dos títulos, acumula grama. Tem os celeiros estão vazios e o que lhe corre nas veias é palha”.
                                                                                            A.M.F. El León



Isto recebe o nome de interesse cognitivo emancipatório individual, procura o conhecimento contrapondo a ciência com a consciência. Pensa que a natureza está cheia de erros e adota e modelo da supremacia do homem sobre o homem e do homem sobre a natureza.
Os egos alterados, alteram a ética e tornam-te vacilante, pois anteporás o teu interesse ao do, dos demais.

“Conheço as tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente. Assim, porque és morno - não és frio nem quente- vou vomitar-te da minha boca”.
                                                                                   Apocalipse 3: 15-16.



Pensas que és mais livre porque tens os outros sob controlo?
Acreditas que és mais sábio por teres títulos?
O sábio escapa às cadeias impostas à sua mente e consegue o controlo sobre si próprio dominando os seus egos alcançando assim o verdadeiro saber, não por si só, mas porque agrada a Deus e Ele trar-lhe-á todo o conhecimento que necessite.
Essa é a verdadeira sabedoria, entender que somos vasilhas vazias e que só Deus é capaz de enche-las.

NÃO HÁ NADA NOVO SOB O SOL”

“O santo conhece-se sem se exibir, 
cuida de si sem se vangloriar.
É por isso que rejeita uma coisa e adota outra”
Tao Te King LXXII.


Não há dinheiro capaz de comprar uma vasilha cheia.
”Quem se apega ao dinheiro, desgasta a sua alma”.
A.M.F. El León


É necessário ter cobertas as necessidades básicas tais como casa, comida, roupa, etc. E para isso necessitamos ter certa solvencia económica. É vital para pleno desenvolvimento do homem que este encontre o seu lugar dentro do meio em que vive, sentir que se é importante, ter um bom sexo com o/a seu/sua parceiro/a…




A vida é fidelidade”.
A.M.F. El león


Todo o ego alterado, fará com que te tornes posessivo, açambarcador e sentir-te-ás de certo modo sujo  avergonhado. Aparte disto, cada um tem suas conotações específicas:
  • Dinhero: Torna-te influenciavel, inconsciente e timido.
  • Sexo: Torna-te ciumento, retraido, cria-te suspeita e debilidade.
  • Poder: Torna-te autoritario, dominante, arrogante, inflexivel e nervoso.
  • Importância: Torna-te ansioso, hiper-preocupado, arisco e insatisfeito.
  • Controlo: Torna-te tenso, fanático e arisco.
  • Sectarismo: Torna-te arrogante, intransigente e confuso
E alguns que o reconhecam dirão: Eu quero livrar-me das minhas miséria. Como me posso curar? Qué posso fazer para combatir os meus egos e/ou reprimi-los?
E obterás a resposta: 


Com a Medicina Branca recebida da Fonte Pura, da Fonte do Céu:   com a ALQUINATURA.  


O que é ALQUINATURA?

A palavra ALQUINATURA é a composição de dois conceitos já estabelecidos e que assiciados, abordam um conceito mais profundo e clarificador do que se pretende.

ALQUIMIA: de transformação ; entendendo-se de forma  sucinta a ideia de Alquimia como transformação de metal em ouro. Isto não deixa d ser uma mera alegoria,
referindo-se á transmutação do próprio organismo. Transformar um organismo doente, oxidade, “metal” que se oxida, num organismo são, vivo,que não se oxida, “ouro”.

NATURA: de natureza.

ALQUINATURA resume a ideia de que através do Naturismo “Terapia Natural Integral” transforma-se o organismo e alcança-se a saúde.

Quais as terapias da Alquinatura?
As terapias da Alquinaturistas são todas as terapias naturais experimentadas empiricamente, que são coerentes para com o organismo e que servem para a cura. O que as diferencia das terapuias naturais primitivas é que; as terapias Alquinaturistas foram em parte modificadas, tendo como base três elementos fundamentais para o seu desenvolvimento, ou que originaram a sua própria sínteses funcional. Estaes três elementos são os seguintes:

Estudo de uma fisiologia unitária baseada em dados fornecidos pelas Ciências Medicas, mas que diferem destas no que respeita à complexidade da inter-relação do sistema de órgãos e de sistemas energéticos.

Estudo do conhecimento empírico transmitido peles medicinas não académicas que estão baseadas na observação e que trazem conhecimento de grande valor. A Medicina dos Sentidos.

Estudo do que propõe o próprio organismo –“Médico interno”- enquanto diagnóstico e tratamento, através do estabelecimento duma linguagem com o próprio organismo, mediante testes musculares ou vias de interconexão píneo-talâmicas “Paciente-Terapeuta”, que permite um diagnóstico e tratamento veraz, contatado por uma larga experiencia clinica de resultados efetivos.

Por outro lado, inclui um acrescento de novas terapias que são fundamentais para a cura.

                                                                 Informação tirada de www.alquinatura.com 


Enquanto uns procuram soluções e tentam restabelecer a sua saúde, a outros o seu próprio ego não lhes deixa ver mais além e arranjam desculpas para continuar no “finca-pé” e se oporem a todos aqueles que os tentem guiar.
 “O que saberão esses, se não se libertam da sua prisão?”… Insensatos! Não sabeis que se pode conhecer o mundo a partir de uma janela quando se está em consonância com o TAO…





                                                        O  PERSEGUIDOR  DA  ARMADURA


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O PARADIGMA DO SENTIDO ( III - A FONTE DA VIDA...)


O Paradigma do SENTIDO e os seus Seis Princípios


Todo o regime recebe o seu verdadeiro valor pelo facto de poder brilhar com a luz da justiça e da equidade. A grande verdade não conhece o vazio, a vida autêntica não é aparente e os três mil milhões de pobres são os grandes logros dos impérios democráticos. Aqui me vejo sentado narrando-te a observação das minhas conclusões e vejo como tudo caminha na direção do abismo – concluiu Tzu Hang.

Depois de tê-lo escutado atentamente, Alberto contestou:
- As democracias assemelham-se ao que os indivíduos reclamam, geram muita pobreza, mas também emergem ricos e milhões de pessoas que vivem relativamente bem, contêm muitas sombras, mas por vezes, também luzes.


O facto de que muitos venerem a democracia como a um deus é totalmente compreensível, é natural que cada povo ou cada cidadão recolha o que semeia. Também a Natureza dota alguns indivíduos com uma maior capacidade do que outros, é por isso, que a mesma Natureza impõe as suas regras.
Nietzsche também acrescentou essa ideia, introduzindo o conceito de compulsão em relação à vontade e ao ego:

“O que a linguagem designa com o nome de vontade não é, na realidade sinal de sentimento, complexo tardio mas o que acompanha a vitória de uma compulsão sobre outras, ou a tradução em termos conscientes do estado de equilíbrio temporal que se produziu no jogo das compulsões”.

(Fragmento extraído do livro Historia de la Filosofía, do autor José María García de Guzmán sobre Nietzsche)

De imediato, Tzu Hang contestou:
- Toda a metafísica do poder deste mundo está edificada sobre o ego patológico; existe um ego vital e natural no homem que impulsiona a capacidade de superação e que nos faz transcender: dinheiro para viver,
sexo para desfrutar e procriar, título e reconhecimento para ser valorizado, poder para ter autoridade moral benéfica, controlo para ordenar o meio e o dogma como elemento de preservação das doutrinas verdadeiras ou ideias (que em desequilíbrio corresponde ao ego patológico).

Na ordem social, aquele que ostente o poder deve ser sábio e santo, sábio no estabelecimento do paradigma do SENTIDO e santo porque predica com o exemplo. O verdadeiro reino é o que pregou Jesus: “Padre-nosso que estás no Céu, venha a nós o vosso reino”.


A santidade de Cristo mostra-se quando lava os pés a um discípulo e este lhe diz: “Que fazes Mestre?” e Jesus respondeu-lhe: “No reino de Deus o maior serve ao menor”.

A apreensão do conhecimento está sempre guiada por interesse, mas existe uma grande diferença entre o interesse individual e o interesse coletivo:

a) Interesse cognitivo emancipador coletivo: busca a auto compreensão positiva do conhecimento como elemento transcendental da própria metafísica do homem em consonância com as leis do Tao e em benefício da comunidade. Esta situação corresponde ao ego vital.

b) Interesse cognitivo emancipador individual: procura o conhecimento contrapondo a ciência com a consciência. Acredita que a natureza está cheia de erros adota o modelo de supremacia do homem sobre o homem e do homem sobre a Natureza. Esta situação corresponde ao ego patológico.
- Falaste do SENTIDO, mas o que é o SENTIDO? – perguntou Alberto - Como se adquire?

Tzu Hang ficou por um instante pensativo, olhou-o nos olhos e disse:
- O SENTIDO é puramente cosmológico, o seu ponto de partida encontra-se no desenvolvimento intelectual da intuição, na razão, no analógico e no coletivo, deste contexto resulta o fundamento do conhecimento holístico.

Como te disse, o princípio é adquirido através das seis atitudes, dos sessenta planeamentos que contêm o Tao Consciência Superior (grupo de neurónios do Tálamo que controlam todas as funções do organismo, tanto orgânicas como intelectuais, para além das da
consciência). Vou-te mostrar quais são as seis atitudes:

§  Educação escolar e académica

§  Educação profissional

§  Educação da universidade da vida

Quando se pratica a música, a alma voa; com a educação traça-se caminhos para andar; o desporto fortalece-te e lavra tudo o semeaste; a alimentação vegetariana torna-te sensível à Natureza e faz com que a ames; a medicina Alquinaturista desvenda o novelo da Caixa de Pandora; isto contraria o vício (pessoas que tomam fármacos) e situa-te na realidade da vida; por último, as relações tornam-te livre.
Depois de ter observado atentamente o planeamento das seis atitudes, Alberto perguntou:
- Tu falaste duma Besta que tinha dois cornos e que esta era a responsável pela situação atual do mundo. Poder-me-ias explicar melhor o significado disso?

- Claro que posso. – respondeu Tzu Hang – Mas tudo o que eu possa contar sobre ela já está referido no Livro do Apocalipse (Bíblia), escrito por João Baptista, lê-o e verás:

“Vi ainda outra Besta que subia da terra; tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão. Tinha todo o poder da primeira Besta e exercia-o na sua presença. Obrigava todo o mundo e os seus habitantes a adorarem a primeira Besta – a que tinha sido curada da ferida mortal. E realizava maravilhosos prodígios; até mesmo o de fazer descer fogo do céu, à vista dos homens. Com o poder que tinha de realizar prodígios na presença da Besta, enganava os habitantes da terra, incitando-os a fabricar uma estátua da Besta que fora ferida pela espada, mas tinha sobrevivido. Até lhe foi dado poder de dar vida à estatua da Besta, a ponto de ela falar e dar a morte a quantos não adorassem a estátua da Besta.
E a todos pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, marcou--os com um sinal na mão direita ou na fronte. E assim, quem não tivesse o sinal, o nome da Besta ou o número do seu nome não podia comprar nem vender.
Aqui é preciso sabedoria: o que é inteligente decifre o número da Besta, que é um número de homem; o seu número é seiscentos e sessenta e seis.”
Apocalipse 13:11-18

- Olha – voltou a dizer Tzu Hang – enquanto eu atendo este outro paciente, vai lendo o texto, e vê que conclusões tiras.

Ao fim de uma hora, e depois de ter terminado a consulta, Tzu Hang perguntou a Alberto:
- Que tal? Compreendeste o texto?

- Não compreendi nada – respondeu Alberto – A entrada profunda no campo espiritual toma uma dimensão que me ultrapassa.

- Claro – confirmou Tzu Hang –, o conhecimento da palavra de Deus não se fez para os “sábios” deste mundo, os “sábios” que este mundo formou, “sábios” do mundo são. Aos “néscios” do mundo, escolheu Deus dar-lhes sabedoria.
“Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte.”
1 Coríntios 1:27






domingo, 3 de fevereiro de 2013

NOVO CÉU E NOVA TERRA

SAUDAÇÕES


O Trono de Sión aos amigos, para os quais, lhes é indiferente que os atirem aos leões.

A consideração que sinto em relação aos que não têm nenhum interesse pessoal é a fonte das minhas inquietudes.

Agora chamam-lhes radicais e extremistas! Que ousados, estes indulgentes! O idealismo doutrinal e filosófico constitui a fonte de todo o caminho que leva à VIDA. Sem dúvida, cada dia é maior o número de pessoas que se calam perante as injustiças e ante a adulteração das coisas. À partida, não lhes faltam motivos, por detrás de cada um deles subjaz um interesse pessoal.

Os factos historicamente comprovados acerca de qualquer transformação social, em benefício da coletividade e, como tal, do homem em geral, pouco preocupou aqueles, que o levaram a cabo. O facto de serem revolucionários, nunca lhes meteu medo, a ponto de não se resguardarem do mundo onde viviam; muitos deles entregaram-se até à morte. Podemos constatar que a maioria destes homens, sábios, justos e santos, foram objeto de críticas, por parte daqueles que de alguma forma, queriam conservar, ou não enfrentar, a má ordem estabelecida.
 

                                                                                 Diamantino García Acosta
 

“Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR como nos dias antigos, como nos anos de outrora. Apresentar-me-ei diante de vós para julgar e serei uma testemunha atenta contra os adivinhos, adúlteros e os que juram pela mentira; contra os que oprimem o operário, a viúva e o órfão, e contra aqueles que violaram o direito do estrageiro, sem terem respeito por mim – diz o SENHOR do universo”.
 
                                               (Malaquias 3:4-5)
 

 

Este conceito de como se deve fazer justiça, e do qual nos fala Deus, naufragou como consequência da apreensão da filosofia de Nietzsche. A queda de todos os valores está sintetizada no famoso Grito de Zaratrusta (obra de Nietzsche): Deus está morto! Agora amanhece a aurora do caos. Este pensamento, hoje em dia, exclui radicalmente qualquer doutrina que defenda os valores humanos. Segundo aquele, os “bons” purificam-se diariamente para consumir as oferendas do niilismo.

O fundo deste pensamento relativista é, ao fim ao cabo, o grande interesse. Cada um destes defensores constrói a filosofia segundo a sua própria conveniência, as suas estratégias fazem parte dum plano, mas são descobertas por aqueles que sabem discernir entre: o justo e o esperto, o puro e o mundano, o que é conveniente e o que é inaceitável.
 

 

Ontem à noite tive um sonho onde me apareceu Confúcio, que de imediato me começou a falar, e me disse:
- Dois dos meus melhores discípulos criaram a representação da sombra da minha filosofia e geraram uma forte união entre eles, parecida à da serpente e da tartaruga. À da serpente porque tenta morder o mundo inteiro com o seu veneno filosófico, e à da tartaruga, porque querem fazer uma carapaça com a maioria deles.


Então eu, surpreendido, perguntei-lhe:
- Que diferenças filosóficas os separam?
- Basicamente, esta é a minha filosofia! - Respondeu-me Confúcio. Eu sempre acreditei no Céu, acreditei que o homem superior devia conhecer a vontade celeste (Ming). Para estar em consonância com o Céu, o homem justo vigia a sua conduta e faz o que deve fazer, sem pensar se isso o vai afetar, ao ser um êxito ou um fracasso.
O sábio não procura o seu próprio interesse, deixa à plebe (Sia jen) as preocupações dos prazeres e das riquezas; ele vive feliz na pobreza e na solidão, pouco lhe importa que o mundo o ignore, o Céu conhece-o!

Sem dúvida, eles contabilizam a ação das suas abordagens e utilizam-na numa estratégia chamada: atuar com uma finalidade. No que concerne à justiça, a melhor solução para eliminar o problema consiste em desaprovar o injusto, o falso, como algo natural dentro da conduta do homem, cujas regras de conduta moral podem chegar a impor uma escravidão intolerável.

Todas estas atitudes de comportamentos indecentes, a cujas noções supremas de amor, justiça, moral, equidade, dever, empatia, etc. lhes é negado o seu valor e lhes é invertido o seu significado, porquanto proclamam de radical aquele que os critica. Deste modo, o amoral torna-se “bom”, porque segundo eles cada um pode e deve fazer o que quiser e ao contrário do que devia; o justo transforma-se no “mau”, visto que este só lhes complica a vida. Sem dúvida, quando se necessita de algo, o “bom” não está ou não é eficiente. È aí que recorrem ao “mau” para solucionar os problemas, visto que o caminho reto e sábio te levará à eficiência e te dará espírito de sabedoria.

Então, despois de escutar as sábias palavras de Confúcio, disse-lhe:
- A corrente da vida expressa-se no tempo e no espaço, a Oriente e a Ocidente, nos filósofos e nos profetas. Ao homem reto sempre lhe chega a luz e vê onde o impio e duro de coração se cega. Assim como o homem justo, mal visto e ao serviço dos outros alcança O SÉTIMO CÉU, o que atua em prol do interesse ridiculariza a justiça e entorpece a sua ação de correção em relação aos outros. Devido aos seus atos ficará no “caminho da terra”. Olha! Vou-te ensinar o que disse Isaías:

Novos céus e nova Terra
 
17-18 Olhai; Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra; o passado não será mais lembrado e não voltará mais à memória. Alegrem-se e rejubilem para sempre por aquilo que vou criar. Olhai! Vou criar uma Jerusalém cheia de alegria e um povo cheio de entusiasmo.
19 Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me entusiasmarei com o meu povo. Doravante não se ouvirão nela choros nem lamentos.
20 Não haverá ali criança que morra de tenra idade, nem adulto que não chegue à velhice, pois será ainda novo aquele que morrer aos cem anos, e quem não chegar aos cem será como um amaldiçoado. (na tradução espanhola aparece “ … o pecador por cem anos será maldito”)
21-23 Construirão casas e habitarão nelas, plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão casas para os outros habitarem, nem plantarão vinhas para os outros vindimarem. Os anos do meu povo serão como os de uma árvore e os meus eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos. Não trabalharão mais em vão, nem hão-de gerar filhos para uma morte repentina, porque serão a descendência abençoada do SENHOR, eles e os seus descendentes.
24 Antes que eles me chamem, Eu lhes responderei; estando eles ainda a falar, Eu os atenderei.
25 O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão e o boi comerão palha, e a serpente comerá terra. Não haverá mais o mal nem a destruição em todo o meu santo monte. Oráculo do Senhor.
                                                                                                   Isaías 65:17-25


Este é o meu comentário:

Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra”:
O justo atua, mas não tem nenhum interesse, o seu interesse é o interesse dos pobres, dos necessitados, dos oprimidos, dos enganados, dos doentes, dos famintos, dos desesperados, etc. Neste sentido, o justo é consciente das discrepâncias entre a essência e a aparência.
Os que são pela aparência, não querem mudar o mundo, só lhes interessa branqueá-lo para que este pareça habitável e não tão drástico, embora com cada um “no seu sítio”, socialmente falando. Estes baseiam as suas obras no esforço e na “virtude” do que querem mostrar. Tal demonstra uma certa contradição com o mundo da equidade, da justiça, porque para acabar com as misérias do mundo (fome, guerras, exploração, desemprego, doenças, etc.), primeiro há que acabar com quem está a gerá-las: os ricos e as multinacionais. Mas como acabar com eles, sem levantar a voz mas com falinhas mansas para que não se ofendam, e assim possam continuar a utilizar toda a sua máquina destrutiva? Ou será que, simplesmente, devemos permanecer calados?

No entanto, o que ao princípio pode parecer uma desgraça, o impulso revolucionário revelar-se-á com o passar do tempo como algo ditoso. A equidade converter-se-á em felicidade para todos, pelo contrário, a indulgência e a caridade, ver-se-ão como uma tolice e ou incómodo.

No grande comboio, o da corrente da vida, que Deus pôs em marcha, e onde alguns atuam como locomotoras, sendo que esses são a essência: O NOVO CÉU. Outros mostram-se como vagões de cauda, indo a reboque da locomotora para que não sejam muito vistos, formando parte do comboio, mas evitando as investidas dos poderosos; estes são os da aparência: A NOVA TERRA.

" Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me entusiasmarei com o meu povo.

 Desta forma Deus faz-nos a sua promessa baseada numa transformação social profunda, que reside em construir A NOVA JERUSALÉM (o novo templo, o homem com uma nova consciência). Para o homem CÉU isto só é possível se, se mudarem as estruturas do poder estabelecido.

Não haverá ali criança que morra de tenra idade, … , pois será ainda novo aquele que morrer aos cem anos.

Aqui a aplicação da mudança implica a implantação da nova medicina, que nos trará remediavelmente o oposto ao que existe hoje em dia. Não se trata do facto de viver oitenta anos, dos quais (independentemente dos doentes que existem, que são uma multidão) os anos que se vivem supostamente sãos não vão para além dos cinquenta. Cada vez se vê mais idosos como peça de mobiliário, inanimados, devido ao efeito dos fármacos.
A nova medicina alquinaturista, a medicina branca do Céu, construirá um homem são que cumprirá o seu ciclo de vida como uma criança, quer dizer, com um bom estado de saúde permanente até aos seus últimos dias.

“…e quem não chegar aos cem será como um amaldiçoado.

Enquanto o sábio e santo se encontram e em harmonia, condição para governar o mundo de uma forma justa, seus opositores, aqueles que querem o mundo velho, ainda que estejam beneficiando do novo (durar cem anos de vida), não abandonarão a sua intenção (transgressão), sendo que a única coisa que os move é a avareza e o interesse pessoal

 o pecador por cem anos será maldito (versão espanhola).

Todos sabemos o lugar onde vão parar os malditos, já que o espaço entre o Céu a terra é o mesmo, já “a terra” não vai a nenhum lado que não seja ao seu próprio pó, que lhe espera a perpetuidade.

“E os meus eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos”.

A luz dos homens provém de Deus, ele dá-lhes, a cada um segundo a sua obra: a obra/trabalho das suas mãos, ninguém pode enganar, nem a sua consciência, nem a Deus. Mais vale ser locomotora que ser vagão, para estar na graça de ser escolhido, porque a não ser assim:

“…será ainda novo aquele que morrer aos cem anos.”

O lobo e o cordeiro pastarão juntos.

O livro da vida revela-nos a obra de cada um (vida passada). Este escreve-se hoje e escrever-se-á amanhã até ao dia em que os livros sejam abertos:

“E vi também todos os mortos, grandes e pequenos. Estavam diante do trono; e foram abertos uns livros. Foi aberto também um outro livro que é o livro da vida. Os mortos foram julgados segundo aquilo que estava escrito nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:12).

Enquanto isso, no meio da corrente vital, o lobo, o que cobiça, viverá com o cordeiro, aceitando as regras do jogo da equidade.
“O leão comerá palha”.

O leão, o rei, o sábio, o santo, o governante, este comerá palha, quer dizer, saberá discernir entre o “trigo” e a “palha”, entre o bom e o mau. Neste sentido, o significado de comer “palha”, é comer a mentira para que só fique a verdade: o “trigo”.

“Como o boi”.

O boi é o novo homem que puxa a carroça, a carroça da fortuna, a carroça do Céu, a carroça de Deus, a carroça da verdade e a carroça que nos trará a mudança. A ele, Deus também lhe dará entendimento e comerá palha.

E a serpente comerá terra.

A serpente simboliza o homem que se arrastra e se põe de joelhos ante o poder, o que morde e nos envenena com a sua filosofia mundana, o que não possui uma doutrina pura: …o pó/terra será seu alimento. Esta metáfora sobre o alimento faz referência ao alimento espiritual e o seu espírito negro jazerá no pó da terra.


Pela internet brinca e corre
mensagem de cauda longa, 
e os leitores dormitam
enquanto se acerca a aurora.

Meio monte arrastra o boi,
meio monte a serpente,
como asneira ao leão, servem palha,
mas mais feroz se sente.

Umas estrelas de vermelho,
outras muito cruas,
vão dando inveja à lua,
a terra fica  muda.

Tímida a hora aparece,
com as janelas fechadas,
pela internet brincam e correm
luzes brancas apagadas.

Pelo MSNE vinham estrelas
com asas no tempo,
as noites serão despertas,
os dias serão tormentos.

Anunciação de sinos,
para as luzes do tempo,
pelo MSNE vem
o ar que dá o alento.