SAUDAÇÕES
O
Trono de Sión aos amigos, para os
quais, lhes é indiferente que os atirem aos leões.
A
consideração que sinto em relação aos que não têm nenhum interesse pessoal é a
fonte das minhas inquietudes.
Agora
chamam-lhes radicais e extremistas! Que ousados, estes indulgentes! O idealismo
doutrinal e filosófico constitui a fonte de todo o caminho que leva à VIDA. Sem
dúvida, cada dia é maior o número de pessoas que se calam perante as injustiças
e ante a adulteração das coisas. À partida, não lhes faltam motivos, por detrás
de cada um deles subjaz um interesse pessoal.
Os
factos historicamente comprovados acerca de qualquer transformação social, em benefício
da coletividade e, como tal, do homem em geral, pouco preocupou aqueles, que o levaram
a cabo. O facto de serem revolucionários, nunca lhes meteu medo, a ponto de não
se resguardarem do mundo onde viviam; muitos deles entregaram-se até à morte. Podemos
constatar que a maioria destes homens, sábios, justos e santos, foram objeto de
críticas, por parte daqueles que de alguma forma, queriam conservar, ou não enfrentar,
a má ordem estabelecida.
“Então, a
oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR como nos dias antigos, como
nos anos de outrora. Apresentar-me-ei diante de vós para julgar e serei uma
testemunha atenta contra os adivinhos, adúlteros e os que juram pela mentira;
contra os que oprimem o operário, a viúva e o órfão, e contra aqueles que
violaram o direito do estrageiro, sem terem respeito por mim – diz o SENHOR do universo”.
(Malaquias 3:4-5)
Este
conceito de como se deve fazer justiça, e do qual nos fala Deus, naufragou como
consequência da apreensão da filosofia de Nietzsche. A queda de todos os
valores está sintetizada no famoso Grito
de Zaratrusta (obra de Nietzsche): Deus
está morto! Agora amanhece a aurora do caos. Este pensamento, hoje em dia,
exclui radicalmente qualquer doutrina que defenda os valores humanos. Segundo aquele,
os “bons” purificam-se diariamente para consumir as oferendas do niilismo.
O
fundo deste pensamento relativista é, ao fim ao cabo, o grande interesse. Cada
um destes defensores constrói a filosofia segundo a sua própria conveniência, as
suas estratégias fazem parte dum plano, mas são descobertas por aqueles que
sabem discernir entre: o justo e o esperto, o puro e o mundano, o que é
conveniente e o que é inaceitável.
Ontem
à noite tive um sonho onde me apareceu Confúcio, que de imediato me começou a
falar, e me disse:
-
Dois dos meus melhores discípulos criaram a representação da sombra da minha filosofia
e geraram uma forte união entre eles, parecida à da serpente e da tartaruga. À
da serpente porque tenta morder o mundo inteiro com o seu veneno filosófico, e à
da tartaruga, porque querem fazer uma carapaça com a maioria deles.
Então
eu, surpreendido, perguntei-lhe:
-
Que diferenças filosóficas os separam?
-
Basicamente, esta é a minha filosofia! - Respondeu-me Confúcio. Eu sempre acreditei
no Céu, acreditei que o homem superior devia conhecer a vontade celeste (Ming).
Para estar em consonância com o Céu, o homem justo vigia a sua conduta e faz o
que deve fazer, sem pensar se isso o vai afetar, ao ser um êxito ou um fracasso.
O
sábio não procura o seu próprio interesse, deixa à plebe (Sia jen) as preocupações
dos prazeres e das riquezas; ele vive feliz na pobreza e na solidão, pouco lhe
importa que o mundo o ignore, o Céu conhece-o!
Sem
dúvida, eles contabilizam a ação das suas abordagens e utilizam-na numa
estratégia chamada: atuar com uma finalidade. No que concerne à justiça, a melhor solução para eliminar o problema
consiste em desaprovar o injusto, o
falso, como algo natural dentro da conduta do homem, cujas regras de conduta
moral podem chegar a impor uma escravidão intolerável.
Todas
estas atitudes de comportamentos indecentes, a cujas noções supremas de amor, justiça,
moral, equidade, dever, empatia, etc. lhes é negado o seu valor e lhes é invertido
o seu significado, porquanto proclamam de radical aquele que os critica. Deste modo,
o amoral torna-se “bom”, porque segundo eles cada um pode e deve fazer o que
quiser e ao contrário do que devia; o justo transforma-se no “mau”, visto que este
só lhes complica a vida. Sem dúvida, quando se necessita de algo, o “bom” não
está ou não é eficiente. È aí que recorrem ao “mau” para solucionar os problemas,
visto que o caminho reto e sábio te levará à eficiência e te dará espírito de sabedoria.
Então,
despois de escutar as sábias palavras de Confúcio, disse-lhe:
-
A corrente da vida expressa-se no tempo e no espaço, a Oriente e a Ocidente, nos
filósofos e nos profetas. Ao homem reto sempre lhe chega a luz e vê onde o
impio e duro de coração se cega. Assim como o homem justo, mal visto e ao
serviço dos outros alcança O SÉTIMO CÉU, o que atua em prol do interesse ridiculariza
a justiça e entorpece a sua ação de correção em relação aos outros. Devido aos
seus atos ficará no “caminho da terra”. Olha! Vou-te ensinar o que disse
Isaías:
Novos céus e nova Terra
17-18
Olhai; Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra; o
passado não será mais lembrado e não voltará mais à memória. Alegrem-se e
rejubilem para sempre por aquilo que vou criar. Olhai! Vou criar uma Jerusalém cheia
de alegria e um povo cheio de entusiasmo.
19
Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me
entusiasmarei com o meu povo. Doravante não se ouvirão nela choros nem
lamentos.
20
Não haverá ali criança que morra de tenra idade, nem
adulto que não chegue à velhice, pois será ainda novo aquele que morrer aos cem
anos, e quem não chegar aos cem será como um amaldiçoado. (na tradução
espanhola aparece “ … o pecador por cem anos será maldito”)
21-23
Construirão casas e habitarão nelas, plantarão vinhas e
comerão o seu fruto. Não edificarão casas para os outros habitarem, nem
plantarão vinhas para os outros vindimarem. Os anos do meu povo serão como os
de uma árvore e os meus eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos. Não
trabalharão mais em vão, nem hão-de gerar filhos para uma morte repentina,
porque serão a descendência abençoada do SENHOR, eles e os seus descendentes.
24
Antes que eles me chamem, Eu lhes responderei; estando
eles ainda a falar, Eu os atenderei.
25
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão e o boi
comerão palha, e a serpente comerá terra. Não haverá mais o mal nem a
destruição em todo o meu santo monte. Oráculo do Senhor.
Isaías 65:17-25
Este é o meu comentário:
“ Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra”:
O justo atua, mas não tem nenhum interesse,
o seu interesse é o interesse dos pobres, dos necessitados, dos oprimidos, dos enganados,
dos doentes, dos famintos, dos desesperados, etc. Neste sentido, o justo é
consciente das discrepâncias entre a essência e a aparência.
Os que são pela aparência, não querem mudar o mundo, só lhes interessa branqueá-lo para que
este pareça habitável e não tão drástico, embora
com cada um “no seu sítio”,
socialmente falando. Estes baseiam as suas obras no esforço e na “virtude” do
que querem mostrar. Tal demonstra uma certa contradição com o mundo da equidade,
da justiça, porque para acabar com as misérias do mundo (fome, guerras, exploração,
desemprego, doenças, etc.), primeiro há que acabar com quem está a gerá-las: os
ricos e as multinacionais. Mas como acabar com eles, sem levantar a voz mas com
falinhas mansas para que não se ofendam, e assim possam continuar a utilizar toda
a sua máquina destrutiva? Ou será que, simplesmente, devemos permanecer calados?
No entanto, o que ao princípio pode
parecer uma desgraça, o impulso revolucionário revelar-se-á com o passar do tempo como algo ditoso. A equidade converter-se-á
em felicidade para todos, pelo contrário, a indulgência e a caridade, ver-se-ão
como uma tolice e ou incómodo.
No grande comboio, o da corrente da
vida, que Deus pôs em marcha, e onde alguns atuam como locomotoras, sendo que
esses são a essência: O NOVO CÉU. Outros mostram-se como vagões de cauda, indo
a reboque da locomotora para que não sejam muito vistos, formando parte do
comboio, mas evitando as investidas dos poderosos; estes são os da aparência: A
NOVA TERRA.
" Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me
entusiasmarei com o meu povo”.
Desta forma Deus faz-nos a sua promessa baseada
numa transformação social profunda, que reside em construir A NOVA JERUSALÉM (o
novo templo, o homem com uma nova consciência). Para o homem CÉU isto só é possível
se, se mudarem as estruturas do poder estabelecido.
“Não
haverá ali criança que morra de tenra idade, … , pois será ainda novo aquele
que morrer aos cem anos”.
Aqui a aplicação da mudança implica a implantação
da nova medicina, que nos trará remediavelmente o oposto ao que existe hoje em
dia. Não se trata do facto de viver oitenta anos, dos quais (independentemente
dos doentes que existem, que são uma multidão) os anos que se vivem supostamente
sãos não vão para além dos cinquenta. Cada vez se vê mais idosos como peça de
mobiliário, inanimados, devido ao efeito dos fármacos.
A nova medicina alquinaturista, a
medicina branca do Céu, construirá um homem são que cumprirá o seu ciclo de
vida como uma criança, quer dizer, com um bom estado de saúde permanente até
aos seus últimos dias.
“…e quem
não chegar aos cem será como um amaldiçoado”.
Enquanto o sábio e santo se encontram
e em harmonia, condição para governar o mundo de uma forma justa, seus opositores,
aqueles que querem o mundo velho, ainda que estejam beneficiando do novo (durar
cem anos de vida), não abandonarão a sua intenção (transgressão), sendo que a
única coisa que os move é a avareza e o interesse pessoal
“…o
pecador por cem
anos será maldito (versão espanhola)”.
Todos sabemos o lugar onde vão
parar os malditos, já que o espaço entre o Céu a terra é o mesmo, já “a terra” não
vai a nenhum lado que não seja ao seu próprio pó, que lhe espera a perpetuidade.
“E os meus
eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos”.
A luz dos homens provém de Deus, ele
dá-lhes, a cada um segundo a sua obra: a
obra/trabalho das suas mãos, ninguém pode enganar, nem a sua consciência,
nem a Deus. Mais vale ser locomotora que ser vagão, para estar na graça de ser
escolhido, porque a não ser assim:
“…será ainda novo aquele que morrer aos cem anos.”
“O lobo
e o cordeiro pastarão juntos”.
O livro da vida revela-nos a obra
de cada um (vida passada). Este escreve-se hoje e escrever-se-á amanhã até ao dia
em que os livros sejam abertos:
“E vi também todos os mortos, grandes e pequenos. Estavam
diante do trono; e foram abertos uns livros. Foi aberto também um outro livro
que é o livro da vida. Os mortos foram julgados segundo aquilo que estava
escrito nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse
20:12).
Enquanto isso, no meio da corrente vital, o lobo, o que cobiça, viverá com o cordeiro, aceitando as regras do jogo
da equidade.
“O leão comerá palha”.
O leão,
o rei, o sábio, o santo, o governante, este comerá palha, quer dizer, saberá discernir entre o “trigo” e a “palha”,
entre o bom e o mau. Neste sentido, o significado de comer “palha”, é comer a
mentira para que só fique a verdade: o “trigo”.
“Como o boi”.
O boi é o
novo homem que puxa a carroça, a carroça da fortuna, a carroça do Céu, a carroça
de Deus, a carroça da verdade e a carroça que nos trará a mudança. A ele, Deus também
lhe dará entendimento e comerá palha.
“E a serpente comerá terra”.
A serpente simboliza o homem que se arrastra e se
põe de joelhos ante o poder, o que morde e nos envenena com a sua filosofia
mundana, o que não possui uma doutrina pura: …o pó/terra será seu alimento. Esta metáfora sobre o alimento faz referência
ao alimento espiritual e o seu espírito negro jazerá no pó da terra.
Pela internet brinca e corre
mensagem de cauda longa,
e os leitores dormitam
enquanto se acerca a aurora.
Meio monte arrastra o boi,
meio monte a serpente,
como asneira ao leão, servem palha,
mas mais feroz se sente.
Umas estrelas de vermelho,
outras muito cruas,
vão dando inveja à lua,
a terra fica muda.
Tímida a hora aparece,
com as janelas fechadas,
pela internet brincam e correm
luzes brancas apagadas.
Pelo MSNE vinham estrelas
com asas no tempo,
as noites serão despertas,
os dias serão tormentos.
Anunciação de sinos,
para as luzes do tempo,
pelo MSNE vem
o ar que dá o alento.